Não tenho paciência pra pensar. Não tenho paciência pra quase nada. Odeio tédio. Odeio ficar sozinha. Mas ficar sozinha, sem nada pra fazer e de cabeça quente é a melhor coisa pra aliviar alguma dor. Esquecer a tristeza com qualquer sentimento ruim por menos que seja e mesmo que não se compare com algum sentimento bom é até..bom.
Você pensa na vida. Pensa no que vem fazendo. E pensa no que será que ele deve estar fazendo? E você pensa: tudo menos em mim. E lá vem a tristeza de novo...
2 Rubrica: psicopatologia. compulsão para falar, loquacidade exagerada que se nota em determinados casos de neurose e psicose, como se o paciente, assim, quisesse dar vazão ao grande número de idéias que passam por sua cabeça; logomania.
domingo, 12 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Babaca.

Meu não mais querido babaca,
Eu te amei enquanto aguentei. Eu sei você pode me chamar de otária. Eu sei, você não me pediu para esperar. Mas fique sabendo que eu esperei porque quis. Hoje desisto porque não aguento e não quero mais isso para mim. Simplesmente fiquei com náuseas de sentimentos sem reply. Eu sei que não sou a menina mais bonita da cidade e nem uma das mais bonitas, mas eu sou muito pra você. É isso aí. Porque cá entre nós você também não se encaixa no top 10 dos garotos e vejamos aí por dentro, hm o que tempos para aproveitar? Quase nada. O que sobra não dá nem para meia personalidade, zé mané. Pode ficar com sua sonsa descabelada com pensamentos sem fundamento algum que eu também tenho pena dela. E a culpa não é dela, nem daquela que fez perfurar minha cabeça e meu coração e nem daquela que você quase matou. A culpa é toda sua. E eu não vou me prezar em fazer porra de despedida alguma pra você porque definitivamente você não merece nada. Você não merece nenhuma lágrima que ousou e se fez cair em meu rosto. Eu neste exato momento estou vomitando tudo o que tem de seu aqui, tentando expelir o máximo de vestígios que possas ter deixado. Eu me enojei, enjoei e me engajei a te arrancar de onde estivesses em mim e assino um acordo comigo mesma que dessa vez vai funcionar.
Desculpem-me por textos tão pessoais, mas não consigo deixar de escrever o que sinto (que não é nem metade o que acabou de ler)
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Morte de um corpo que já era morto

É comum em vésperas de ano novo os meios de comunicação ficarem naquela expectativa para o ano seguinte. "Faltam 2 dias para 2011" "Falta exatamente 1 hora, 45 minutos e 39 segundos para 2011", qualquer coisa do tipo. Era mais comum ainda ela não contar os dias e eles passarem despercebidos em sua rotina. Nada de ocupada, desleixada, eles só não tinham tanta importância.
Em um dia tecnicamente ensolarado, ela acordou tecnicamente cedo e ao tomar seu banho tecnicamente saudável ela escutava o rádio ligado avisando "Neste último dia do ano você ainda pode ser feliz". Até hoje ainda não se detectou qual região do sistema de audição até o córtex cerebral falhou ao captar o som "último dia do ano" e transformou para "último dia de sua vida" dentro desta moça. Foi o suficiente para quem não sabia o que era ser feliz há muito tempo repensar em muitas e confiar na mensagem do rádio que realmente, ela poderia ser feliz. Saiu rapidamente e se arrumou com uma rapidez nunca vista por um homem. Deu um abraço apertado na mãe e no pai, deu um puxão de cabelo no caçula e fez um cafuné no cachorro. Foi até a cidade vizinha falar com os avós, depois almoçou mais de 1kg de purê com o primo que mais gostava que não entendeu nada, e conversou com aquela prima que nunca mais conversara. Falou com os ex-amigos de escola, saltou de pára-quedas, bungee jump, chegou tarde para o asa delta, mas o instrutor sentiu a necessidade que a praticante tinha em fazer aquilo naquele exato momento. Foi ao shopping e mesmo que parecesse sem sentido, comprou todas as roupas que achava bonita na vitrine. Lá encontrou umas amigas, e no estacionamento daquele estabelecimento, algo não a deixou tirar do meio da rota e foi atropelada por um Tucson 2011 prateado, lembro-me bem da cara do motorista desesperado tentando explicar que a culpa não havia sido dele, que em uma curva ele precisava de velocidade e fez questão de nos levar ao hospital para os cuidados.
Mandou chamar todos que não tinha visto naquele dia 31, incluindo aquele do qual não digo o nome porque eu mesma não o suporto me referir. Chamou todos como se fosse ma urgência ou até uma despedida e eu não entendia nada. Ela sabia que doeria, mas precisava vê-lo naquele exato momento como se tudo fosse acabar e ela precisasse do último olhar. Os ferimentos nem tinham sido tão graves, mas alguma coisa me dizia que a fraqueza de seu corpo é que era o problema. Parecia que mais qualquer coisa que a machucasse ela não aguentaria, e não aguentou. E ele não foi. E eu não precisava saber daquela repetida história de sempre que mesmo sem merecer, o coração dela sempre foi dele. Sim, ela o amava, com todas as partículas do corpo e artérias e músculos que se contraíam em frequências totalmente diferentes quando o via, fazendo seu corpo tremer por inteiro só de saber que ele era uma parte exilada dela e que permaneceria assim pra sempre. Sim, ela o amou todos os dias de sua vida, até nos que ela sentiu ódio de si por ser tão idiota para ele, ela lembrava dele nem que fosse por 1 segundo. E ela sabia que com ele era totalmente o contrário, mas também sabia que amar às vezes era assim mesmo.
Pode ser que seja verdade essa história de que a essência da pessoa junto com seus sentimentos mais nobres permaneçam em sua alma e vão com ela aonde for. Então pode ser que seja verdade também que onde quer que ela esteja, ela ainda o ama com toda sua força.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cansei das pessoas. E acho que elas também cansaram de mim. Das minhas piadas, das minhas histórias, dos meus sentimentos e de tudo que acontece comigo. Aqueles que me escutavam se cansaram e aqueles que não ouviam continuam não ouvindo. Me sinto cada dia mais sozinha e vejo que isso se trata de algo irreversível, e algo mútuo, do tipo, eles não se importam comigo e eu como retribuição também não deveria me importar, pelo menos. Mas nem sempre é assim e eu me sinto uma idiota com o nada que eu sou ou pareço ser para elas.
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domingo, 5 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Apenas mais uma de amor

Querido Sentimento Amor,
As pessoas já cansaram de me falar, de me brigar, de dizer que não é bem assim, que acabou, que não tem mais volta, mas eu não me canso. Afinal, há tantas diferenças entre uma pessoa e outra. Ou entre 6 bilhões e uma. O que eu realmente me pergunto é se o fato das pessoas terem desistido de me convencer que algo não tem mais volta me faz alguém teimosa ou esperançosa?
Eu queria muito que as coisas fossem relativamente simples, que por merecimento a gente conquistasse o que a gente tanto luta para alcançar. Diferentemente de todo o resto do mundo eu continuo acreditando que um dia eu possa sim conseguir tudo o que desejo, o que planejo e o que almejo. Um beijo. Um "eu te amo". Um sorriso qualquer. Aquela presença que fez tanta falta, aquelas brincadeiras sem o mínimo de graça e aquele brilho nos olhos que fazem tanto brilhar os meus...pelo menos fizeram. Hoje em dia pode se dizer que os enxaguam muito e que me dói tanto não a forma como tudo mudou, mas o que não existe mais. Aquele nada de nada sem nada mesmo. 0, conjunto vazio, nothing, nobody, nem vácuo. E eu fui também. Por tanto tempo fiquei ali, estagnada, esperando uma reação, um movimento e esperei, meu bem como esperei. Agora...o que restou?
Tá bom, continuo esperando, não há pra onde correr e deixar de esperar. Mas eu não queria estar nessa situação e não sabes como me dói viver assim, sabendo que o tempo corre em um sentido que não me tem como referência. Peço encarecidamente, pelo poder que em ti é tão depositado que me ajude nesta caminhada, porque não tá fácil não. Que meus entes queridos não estejam certos por uma única vez na vida quanto a mim e que o fato de todos estarem desistindo não seja um alerta para eu desistir também. Preciso de sinais. Diretos dessa vez por favor. Cansei daqueles de dupla interpretação que nunca consigo explicar para ninguém. Me resta confiar em ti, fiel escudeiro. Como recompensa, nomearei alguém com teu nome.
p.s.: (e que seja aquele)
Sei que não me decepcionarás.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Retalhos (ou retardos) de infantilidade

Acho que esse sempre foi um assunto que sabia que um dia eu ia precisar sentar pra pensar a respeito e talvez esse dia tenha chegado. Tenho tido muita bagunça na minha cabeça esses tempos, e muitos fragmentos justamente sobre isso também. Tudo que é demais enjoa. A gente descobre quando alguém ainda é aquilo que tanto quer mudar quando ela ainda se sente ofendida quando outro alguém dá a entender que ela é isso. Lembre-se que ninguém precisa do reconhecimento de ninguém pra que esteja verdadeiramente mudado. Não é diferente com maturidade. É o ciclo natural do ser humano se desenvolver e evoluir, largar as bonecas, os carrinhos, os desenhos favoritos e certas atitudes. Essas últimas são as piores porque simplesmente se você não souber se livrar delas, as mesmas te acompanharão mesmo na mudança de fase de vida; você pode ter 65 anos de idade, usando muletas e pés-de-galinha e por exemplo querer ter atenção de todos. Não vejo isso como algo negativo, mas infelizmente as pessoas te fazem acreditar que é por tanto te apontarem isso como um erro cometido. Sinceramente não me importo de ter seja qual for característica infantil, o que me aflige é a capacidade que as pessoas têm de tantas vezes julgar o outro mais do que o número de dedos de uma mão. Ou das duas mãos. Talvez até contando com os dedos dos pés. Isso sim se chama infantilidade. Quem fala muito anda precisando. Não me importo de ser infantil num mundo onde todos ao meu redor são, onde a a cada atitude ridícula me desperta uma fúria, um desgosto, até uma tristeza. Talvez eu não esteja falando tudo o que queria, do jeito como eu pensei. Talvez a minha vida não é como eu pensei que seria e isso me dá vontade de me jogar no chão e espernear até a mamãe perguntar o que aconteceu e tentar me ajudar a solucionar. Mas alguns problemas são somente meus e cabe a mim resolvê-los. Talvez eu tenha medo de escuro. Talvez eu tenha medo de que não tenha solução. Talvez eu às vezes desacredite que tenho pessoas de verdade, adultos de verdade ao meu lado e talvez procure ficar sozinha como uma criança. Mas o que eu tento transparecer não é esse lado e sim aquele outro que encara tudo isso e só me identifica como uma dessas pessoas com retalhos (ou retardos) de infantilidade por entrar em pranto quando sinto que tudo anda errado ao mesmo tempo.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
De volta ao ponto

Há um bom tempo venho pensando que tenho pena das crianças. Por enquanto elas vivem bem, sem preocupação alguma, lê-se: sem dor alguma. E com o tempo elas vão criando isso dentro de si, seja por problemas familiares, pessoais, ou até mesmo com uma vida digna de ser chamada de perfeita, elas não dão valor e quando se deparam perdem tudo, percebem que poderiam ter agido diferente mas agora é tarde demais pra voltar atrás.
Mas volto com meus pensamentos mais recentes e tiro a conclusão de que não há culpado nesse mundo, ele gira em a uma frequência e ângulo pelas circunstâncias e não há nada que possamos fazer quanto a isso. Bem...
Você tem duas alternativas.
Você pode pular todas as barreiras que aparecerem no caminho e tomar isto como um propósito de aprendizado e esperar. Nada melhor do que o tempo para lhe ensinar o que você não aprendeu nas aulas de matemática: um ponto em movimento vai girar na circunferência, seja pra qual sentido for, mas vai passar de novo de onde partiu. E aí é sua segunda chance, terceira, quarta, qual seja, porque o ponto não vai parar ali e se não percebeu, este ponto é você. Passarás por tantos caminhos, mas somente alguns vão cravar na tua memória que esquecerás o 1º número do teu 1º celular mas lembrarás deles, e são esses pelos quais vais lutar pra retornar ao ponto de partida, inicial, seja o que for que denomine o antesdefoderminhavida.
E você pode também ficar sentado, jurando que sem qualquer força de vontade sua a circunferência vai girar pelo sentido contrário, o sol vai se direcionar a você e abrir um grande arco-íris depois de tanta chuva, achando que seus problemas são decorrentes de um carma destinado a você desde criança.
Eu não tenho certeza de nada. Só penso que, se ficar parada, o ponto não vai a lugar algum.
p.s.: me desculpem o palavrão
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Aversão

Retornar agora, quase impossível. Um sentimento de enjôo, rejeição, algo similar ao que meu amigo disse e gargalhamos como se nada doesse. O que os outros não compreendem é o quão difícil são as iniciativas terem de ser só minhas dessa vez por agora não existir nenhum vestígio de sentimento a não ser meu; a dificuldade de chegar ao maior estágio de humildade e ignorar quaisquer pensamentos grotescos e maldosos sobre mim; que tudo isso é muito mais difícil do que se pensa. Só há uma chance de ignorar tudo isso e mover um palito: ter consciência de que sem ele, não dá mais.
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(...)
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E o que vem acontecendo é a mais pura prova de que sonhos são bons, mas devem ser realizados. E você não precisa sonhar a maior parte do tempo e sim contar com a ajuda de alguém que você sabe quando não puder mais continuar, Ele continua por você. Sonhos são projetos de realidade e cada passo que for dado será um avanço. E viva a força do pensamento.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
-1 +1

Depois de voltar de um final de semana acompanhado de um feriado em plena segunda feira cheia de lições, é possível considerar que aprendi muitas coisas por lá e trouxe tudo o que eu aprendi na bagagem. Ando mais madura por não mudar meu tratamento com as pessoas por mais coices que elas me dêem e não me abater por qualquer besteira. Além de uns porcentos de maturidade, também acho que trouxe na mala do retiro um pouco mais de fraternidade, simplicidade, alguma palavra que designe se permitir dividir as coisas com os outros. Solidariedade eu acho que convém. Solidária por apesar de esperar que aquele primo te considere como a melhor amiga dele - e você sabendo que sim, de fato você é a melhor amiga dele - você não simula uma briguinha por isso já que sabe que ele só considera aquela, porque aquela da qual eu me refiro não pode ser sua namorada, já que outra ocupa a função. Solidária por ter que dividir o melhor amigo com a namorada e respirar por 10 segundos pra não sentir ciúme, ou tanto quanto o suportável já que ela é sua amiga. Trouxe também um poder indefinível de ver o verdadeiro das pessoas, sentir quando elas estão mentindo e também quando estão sendo sinceras. O que me esqueci foi de antes de fechar a mala, tirar todos os sentimentos que tinha levado e que anulam todas essas coisas das quais falei que trouxe. Porque apesar dessa maturidade, dessa fraternidade, leio o que aquela outra escritora diz sobre ele e sinto uma dor imensa de conhecimento de que há uma grande probabilidade de que ele + ela se completem, penso, digo e repito alto "esse eu não divido" mesmo não tendo posse nem de uma partezinha sequer dele. E entre essas coisas anulando umas as outras eu me encontro anulada também, estagnada, na mesma. Sendo e não sendo solidária, sendo e não sendo madura, e ainda vivendo um escapismo nada literário e sim super real. Antes fosse literário, mas acho que não teria tanta vontade pra escrever. Anulada, já sei porque minha mala voltou mais pesada do que na ida.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Tristeza não tem fim, felicidade sim
Você descobre que aquilo que sempre te fez doer ainda te incomoda quando é formado uma película líquida sobre seu olho e que você só a retira se deixá-la cair. Esse processo se chama tristeza.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Só observo

Ironicamente ainda agora fui digitar a palavra escrever e acabei digitando esquecer. Só pode ser um sinal. Um aviso para que eu pare de escrever tanto sobre ele, já que eu nem o lembro com tanta freqüência. Um alerta para que eu pare de escrever aqui e vá me preocupar com a redação sobre uma placa misteriosa cravada em plena Avenida Paulista, que por sinal já devia ter concluído e é para amanhã no primeiro horário. O problema não é escrever, e sim que ali eu me sinto presa a um único assunto, enquanto aqui eu posso falar sobre o que quero, o que venho observando e não tem me agradado muito.
Não sei se é a época de eleição que me deixa extremamente furiosa pelo fato das pessoas não respeitarem a opinião dos outros, pessoas querendo ser iguais a outras ou o fato delas se fazerem da opinião dos outros e esquecerem de si mesmas, mas só observo. Só observo quanta coisa anda errada e precisa mudar, quanta coisa eu queria gritar para os 4 cantos do mundo e não posso. Não entendo muita coisa, mas penso que se alguns seguissem meus conselhos, não enfrentariam certos problemas. Não sei se me tornei mais chata esses tempos, mas viver brincando não dá e algumas brincadeiras pesam demais. Ouvi em algum lugar que se queremos mudar o mundo devemos começar por nós mesmos, mas depois que mudamos o vemos pior ainda. Dá dó.
Eu observo a maldade nas pessoas, a falsidade e a mentira e só observo. Rio às vezes só pra não rolar o silêncio. Deve ser bom por um lado ficar "na minha" e não me introduzir nisso, não me coligar a essas coisas inúteis, mas penso por um lado que deveria fazer alguma coisa pra mudar o que tá errado, mas o que fazer de mãos atadas? Rir toda hora cansa.
Vou voltar pra minha redação do colégio que mesmo presa consigo resolver o clímax, me deram liberdade pra isso.
sábado, 9 de outubro de 2010
Vazio

Tô há mais de meia hora aqui parada em frente a essa caixa de texto vazia e não sei o que escrever, isso me faz pensar que não é só ela que anda sem nada. O vazio não é na minha mente e nem nunca vai ser, mas acho que já falei tudo o que tinha que falar para o nada, para o vento, coisas que eu deveria falar pra ele mas é quase certeiro que ele nunca vai saber nem de metade disso. O vazio é quando eu me deparo com aquele que já foi o motivo de todas as minhas risadas mas que agora é o motivo de muitas lágrimas, saudade e olhos inchados e coração murcho. Eu não sinto meu coração bater mais forte, não olho pra trás quando ele passa, nem costumo contar a alguém alguma coisa muito engraçada que ele dizia. Não tenho mais aquele banzo que minha amiga me explicou antes de eu ir almoçar e meu pai ter feito eu me lembrar que hoje eu tenho que me preocupar com ele. Talvez seja por já ter passado tanto tempo do início de tudo isso, que não estejamos mais nessa fase. Mas se não estamos nessa, estamos em qual? Lembrar, porque senão eu não iria me preocupar. A não ser se eu o visse. Mas o que me preocupa de verdade é que isso seja normal, essa minha preocupação não seja especificamente com ele e sim com meu melhor amigo, meu pai, minha mãe, uma amiga do meu primo ou qualquer outra pessoa que se meta no sufoco de hoje. Não sinto nem aquele aperto no coração que me afligia tanto ao vê-lo. O que me dói agora é pensar que isso pode estar passando. O que me preocupa é que esta dor talvez esteja amenizando. O que me dói é não sentir dor. Quando eu deveria estar feliz, me vejo com medo de que tudo aquilo tão mágico esteja perdendo a graça, como uma boneca deixada de canto quando se ganha outra nova, sendo que sem ganhar a nova, até porque as novas nunca chegaram aos pés da antiga. O meu medo é esse nada da vida, essa não motivação de querer lutar, pestanejar, dizer que é do meu jeito de sonhar que tem que acontecer e se realizar as coisas. Tenho medo do meu querer, das minhas vontades não se sobressairem como antes, por simplesmente estarem perdendo a magia, o perfume. Quero manter isso vivo dentro de mim, mesmo que doa. Porque mesmo que eu não sinta mais falta das ligações às 23h30, aquele abraço quente e aquela mão gigante segurando firme a minha, eu sei que não há alguém mais perfeito na minha concepção que ele pra preencher esse vazio e qualquer outro vazio como o de uma simples caixa de texto.
Feliz Círio a todos os paraenses!
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terça-feira, 7 de setembro de 2010
André (ele novo)
Naquele mesmo dia eu havia sentido falta dele. Não, nos outros dias eu tinha dúvidas, de ser ou não orgulhosa, de ir ou não pedir desculpas, não era nada semelhante a saudade. Mas naquele dia eu pensei que podia ter perdido um amigo, um alguém que podia estar ao meu lado sempre. E esteve.
Talvez eu seja sim orgulhosa e as pessoas não me contem certas coisas por receio dos meus retornos, sustos. Mas como eu queria que elas soubessem que já tô crescidinha e já não me assusto nem me amedronto com coisas que eu achava absurdas há um tempo atrás. O que me alegra é a simplicidade, e a dele foi na hora certa. Porque ele sabe a dimensão exata das coisas, ele sabe não complicar a vida. Ele já é tão crescidinho que não tem mais idade pra sentir orgulho nem "ficar de mal" como eu, madura, ainda teimo em ficar com as pessoas por besteira.
Ele me escutou e quando eu terminei de me explicar, quando pensei que teria que ouvir um sermão daqueles falando o quanto sou "de lua", criança e falsa, ele me abraçou. Me abraçou tão forte que deu pra sentir mais fácil o quanto eu era necessária na vida dele, o quanto eu seria burra deixando ele sair da minha vida tão rápido como os últimos que foram. Porque ele não faz draminha e não ficou parado em casa vendo a vida passar só por estar brigado comigo nem deixa de fazer certas coisas porque eu não gosto, mas tinha naquela cabeça movida a álcool que entre tantos amigos de farra, bebida e sexo que me assustavam eu, na minha ainda grande inocência não era desse grupo mas era a melhor, a melhor amiga dele.
Esse retorno foi tão simples e me fez pensar no quanto a gente complica nossa vida, achando que pequenas coisas podem ter ferido nosso ego. E me vejo complicando a minha vida durante anos e imaginado como as coisas teriam sido diferentes sem esses obstáculos, essas barreiras que eu mesma imponho. E depois de um feriado frustrante e de brigas e bregas, bossas e fossas eu me deparo rindo, tentando viver minha vida pelo menos um pouquinho do jeito dele e escrevendo textos como minha amiga aconselhou: "sem ser pra ele e sem falar dele" mas trocando o sujeito para aquele, que sempre me pôs para cima e fez eu me sentir muito para o ele antigo; meu amigo simples, André.
Talvez eu seja sim orgulhosa e as pessoas não me contem certas coisas por receio dos meus retornos, sustos. Mas como eu queria que elas soubessem que já tô crescidinha e já não me assusto nem me amedronto com coisas que eu achava absurdas há um tempo atrás. O que me alegra é a simplicidade, e a dele foi na hora certa. Porque ele sabe a dimensão exata das coisas, ele sabe não complicar a vida. Ele já é tão crescidinho que não tem mais idade pra sentir orgulho nem "ficar de mal" como eu, madura, ainda teimo em ficar com as pessoas por besteira.
Ele me escutou e quando eu terminei de me explicar, quando pensei que teria que ouvir um sermão daqueles falando o quanto sou "de lua", criança e falsa, ele me abraçou. Me abraçou tão forte que deu pra sentir mais fácil o quanto eu era necessária na vida dele, o quanto eu seria burra deixando ele sair da minha vida tão rápido como os últimos que foram. Porque ele não faz draminha e não ficou parado em casa vendo a vida passar só por estar brigado comigo nem deixa de fazer certas coisas porque eu não gosto, mas tinha naquela cabeça movida a álcool que entre tantos amigos de farra, bebida e sexo que me assustavam eu, na minha ainda grande inocência não era desse grupo mas era a melhor, a melhor amiga dele.
Esse retorno foi tão simples e me fez pensar no quanto a gente complica nossa vida, achando que pequenas coisas podem ter ferido nosso ego. E me vejo complicando a minha vida durante anos e imaginado como as coisas teriam sido diferentes sem esses obstáculos, essas barreiras que eu mesma imponho. E depois de um feriado frustrante e de brigas e bregas, bossas e fossas eu me deparo rindo, tentando viver minha vida pelo menos um pouquinho do jeito dele e escrevendo textos como minha amiga aconselhou: "sem ser pra ele e sem falar dele" mas trocando o sujeito para aquele, que sempre me pôs para cima e fez eu me sentir muito para o ele antigo; meu amigo simples, André.
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sábado, 4 de setembro de 2010
Megasena
- Eras já pensou se a gente ganhasse toda essa grana?
- Já pensou não, a gente vai ganhar!
- Tá bom. O que vamos fazer então?
- Tava pensando em dar um jeito na casa, uma parte pros teus avós, quitar umas dívidas e outra parte pra Igreja, que tal?
- Uma boa. Caramba ia ser ótimo se a gente ganhasse mesmo..
- A gente vai ganhar, já disse! Só é preciso pensar positivo.
- É, só preciso me acostumar com a idéia.
Depois de tanta insistência e tanta viagem, resolvi sonhar com esse suposto prêmio. Passaram carros, maquiagens, sapatos, bolsas e casacos na minha cabeça. Imaginei o quanto isso poderia comprar meu sorriso por alguns finais de semana, meses, mas não anos. Pensei também nos pobres, naquele parente que anda precisando, naquele presente pra amiga, e o quanto eu teria um pouco de poder nas mãos. Pensei nele, pensei que ganhá-lo sem preço algum era como ganhar na Megasena. Pensei também na hipótese de comprar o amor dele, mas ah, isso não tem preço. Pior ainda, não está à venda. Tem alguém cuidando muito bem desse imóvel, com pequenas e quase inexistentes chances dele ser vendido, muito menos sabendo-se que a maior compradora seria eu. Ou não.
O que me move todos os dias é o deslize, quem sabe eu possa aproveitá-lo e oferecer minhas propostas recusáveis que talvez encantem. Como já disse alguma vez, é difícil mas não é impossível. E por mais que todo mundo diga que eu tenho que desistir dessa compra, de que já deu, já passou minha vez, eu continuo acreditando que é possível sim, que eu devo acreditar em mim e só eu mesma vou saber meu limite.
O que me move é essa impossibilidade e a possibilidade de eu tornar isso possível, me entende? E poder mostrar pra todo mundo que eu consegui, mostrar àquela amiga pessimista que mais uma vez desacreditou em mim, que eu fiz acontecer.
- Tu não vais ter ele de volta, já chega.
- Quem disse que não? Eu ainda vou casar com ele, vai ver só.
- Não vai mesmo. Deixa de ser besta, isso não vai acontecer.
- Claro que vai, o que te faz pensar que não?
- E o que te faz pensar que sim?
- Eu mesma.
- E ele?
- É o problema, mas eu consigo.
- Pára com isso, não vai acontecer.
- Ah vai. Se digo que vai é porque vai.
- Em que te enfias tanto? E não vale dizer que é em ti mesma.
- Lembra quando disse que ia namorar com ele um dia? Pois é, eu namorei.
- Durante 11 dias.
- Que seja! Eu namorei. E se durar 11 dias também não importa.
- E vais querer que seja assim SE acontecer?
- QUANDO ACONTECER e durar 1, 3, 5 ou 11 não importa, já vou poder morrer.
- Falando sério agora, de onde tiras tanta convicção?
É só pensar positivo.
- Já pensou não, a gente vai ganhar!
- Tá bom. O que vamos fazer então?
- Tava pensando em dar um jeito na casa, uma parte pros teus avós, quitar umas dívidas e outra parte pra Igreja, que tal?
- Uma boa. Caramba ia ser ótimo se a gente ganhasse mesmo..
- A gente vai ganhar, já disse! Só é preciso pensar positivo.
- É, só preciso me acostumar com a idéia.
Depois de tanta insistência e tanta viagem, resolvi sonhar com esse suposto prêmio. Passaram carros, maquiagens, sapatos, bolsas e casacos na minha cabeça. Imaginei o quanto isso poderia comprar meu sorriso por alguns finais de semana, meses, mas não anos. Pensei também nos pobres, naquele parente que anda precisando, naquele presente pra amiga, e o quanto eu teria um pouco de poder nas mãos. Pensei nele, pensei que ganhá-lo sem preço algum era como ganhar na Megasena. Pensei também na hipótese de comprar o amor dele, mas ah, isso não tem preço. Pior ainda, não está à venda. Tem alguém cuidando muito bem desse imóvel, com pequenas e quase inexistentes chances dele ser vendido, muito menos sabendo-se que a maior compradora seria eu. Ou não.
O que me move todos os dias é o deslize, quem sabe eu possa aproveitá-lo e oferecer minhas propostas recusáveis que talvez encantem. Como já disse alguma vez, é difícil mas não é impossível. E por mais que todo mundo diga que eu tenho que desistir dessa compra, de que já deu, já passou minha vez, eu continuo acreditando que é possível sim, que eu devo acreditar em mim e só eu mesma vou saber meu limite.
O que me move é essa impossibilidade e a possibilidade de eu tornar isso possível, me entende? E poder mostrar pra todo mundo que eu consegui, mostrar àquela amiga pessimista que mais uma vez desacreditou em mim, que eu fiz acontecer.
- Tu não vais ter ele de volta, já chega.
- Quem disse que não? Eu ainda vou casar com ele, vai ver só.
- Não vai mesmo. Deixa de ser besta, isso não vai acontecer.
- Claro que vai, o que te faz pensar que não?
- E o que te faz pensar que sim?
- Eu mesma.
- E ele?
- É o problema, mas eu consigo.
- Pára com isso, não vai acontecer.
- Ah vai. Se digo que vai é porque vai.
- Em que te enfias tanto? E não vale dizer que é em ti mesma.
- Lembra quando disse que ia namorar com ele um dia? Pois é, eu namorei.
- Durante 11 dias.
- Que seja! Eu namorei. E se durar 11 dias também não importa.
- E vais querer que seja assim SE acontecer?
- QUANDO ACONTECER e durar 1, 3, 5 ou 11 não importa, já vou poder morrer.
- Falando sério agora, de onde tiras tanta convicção?
É só pensar positivo.
sábado, 28 de agosto de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
Medalha para nós


Andei dando uma olhada em meu quarto. Zona. Entre um bando de bagulhos espalhados pelo chão, pela cama, em cima da tv, me deparo com aquela coisa antiga pendurada onde antes ficava o espelho.
Uma medalha. Não era uma medalha qualquer, era a medalha.
Na verdade não era a medalha, era mais do que isso que eu quis frisar, era aquela medalha.
Toquei nela. Gelada, fria, que nem quem a tinha conseguido.
Lembro-me bem daquele dia. Atrasada como sempre, procurei sentar de um jeito que parecesse que estava na arquibancada já fazia um tempo, e de que tinha visto pelo menos os 5 minutos finais do jogo.
2º lugar. Então você veio, suado e cansado, com ela no pescoço. Tirou e colocou no meu. "Toma, é pra ti." Quase morri. Descemos aquela escada estreita, você estava pálido, tinha passado mal e eu ia com o maior cuidado do mundo ao seu lado, procurando logo um lugar para sentarmos. Entre alguns flashes que nossa amiga tirava do outro lado do ginásio, eu cuidava de você, preocupada e dizendo que só íamos levantar dali quando seu pai chegasse. E eu te achava lindo, mesmo assim. Mesmo suado. Desde ali e muito antes eu sabia que era amor.
Voltando à história, eu a ganhei, mas por méritos seus. Medalha pra você. Por ser o cara mais frio, mais mentiroso, mais safado e nem-aí-pro-que-você-sente do mundo. Nessa competição era certo 1º lugar. Nota 10, espetacular. Uma grande farsa, na qual a boba aqui caiu. Vale ressaltar a falsidade, o egoísmo, a cara de pau, e muitos outros quesitos que foram essenciais para tê-la ganho.
[...]
Depois daquela viagem que eu fiz e que esperei 1 mês inteiro de muito esforço, voltei com uma vitória e uma bagagem cheia de coisas novas; amizades novas e antigas reforçadas, paqueras, risadas, histórias, um novo gosto musical e uma medalha. Sim, uma medalha. Não era aquela antiga, nem a medalha, mas era uma medalha que representava muita coisa, digna, simples mas que sei que custou cada suor e dor muscular nos finais de semana. Depois de praticamente 1 dia de viagem cheguei em casa, arrumei as coisas e a peguei. A minha medalha de verdade, a que eu conquistei com o meu esforço, a minha determinação. Imaginei o canto em que a colocaria, de preferência um lugar onde a qualquer momento do dia eu pudesse avistá-la e exaltar aquele prêmio que merecidamente foi meu, do grupo inteiro. E logo escolhi o antigo lugar do espelho, em cima daquela antiga que tu colocaste em meu pescoço. Medalha pra mim.
Por ser a garota que, mesmo gostando de um babaca, que só pensa em si mesmo, frio e egoísta, vive, luta pelos seus objetivos, e ri, mesmo tendo bons e sensatos motivos para chorar. 1º lugar.
And the award for the best liar goes to you
For making me believe that you could be
Faithful to me
Let's hear your speech out
How about a round of applause
A standing ovation
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sexta-feira, 9 de julho de 2010
No, no drama, no, no, no, no drama
“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”
Meu bem, olhe ao seu redor; o que te deixa tão infeliz? essa insatisfação familiar, essa não-correspondência dele? Tudo o que me afeta também, e olhe para mim, estou tão mal assim? Pareço querer dar um fim em tudo? Não, minha querida, eu quero mais é que isso continue, persista para eu mesma testar meus limites, minhas fraquezas.
Você mesma me disse uma vez "é na escuridão que se pode ver as estrelas" e por debaixo de toda essa nuvem cinzenta que enfeia nosso céu há tanta estrela brilhando.. Quando você olha para cima, repara primeiro no feio ou no bonito? Por debaixo de tudo isso ainda, há aquEle que cuida de ti, deixa ele continuar exercendo esse papel e se deixe viver, esse foi o melhor presente que já puderam te dar: a vida. Esquece esses problemas, vem aqui que eu vou cuidar das tuas feridas. Mais tarde vamos ter boas experiências e histórias para contar.
"Não te castiga assim, está tudo em paz. Nunca houve cães. É como uma cantiga de ninar nas cinzas do fim do mundo."
Amo você.
Para minha amiga que não sabe o quão forte pode ser, Yana Martins.
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”
Meu bem, olhe ao seu redor; o que te deixa tão infeliz? essa insatisfação familiar, essa não-correspondência dele? Tudo o que me afeta também, e olhe para mim, estou tão mal assim? Pareço querer dar um fim em tudo? Não, minha querida, eu quero mais é que isso continue, persista para eu mesma testar meus limites, minhas fraquezas.
Você mesma me disse uma vez "é na escuridão que se pode ver as estrelas" e por debaixo de toda essa nuvem cinzenta que enfeia nosso céu há tanta estrela brilhando.. Quando você olha para cima, repara primeiro no feio ou no bonito? Por debaixo de tudo isso ainda, há aquEle que cuida de ti, deixa ele continuar exercendo esse papel e se deixe viver, esse foi o melhor presente que já puderam te dar: a vida. Esquece esses problemas, vem aqui que eu vou cuidar das tuas feridas. Mais tarde vamos ter boas experiências e histórias para contar.
"Não te castiga assim, está tudo em paz. Nunca houve cães. É como uma cantiga de ninar nas cinzas do fim do mundo."
Amo você.
Para minha amiga que não sabe o quão forte pode ser, Yana Martins.
domingo, 4 de julho de 2010
Sótão, tão só
Amigo,estou aqui
Seus problemas são
Meus também
E isso eu faço por você e
Mais ninguém
O que eu quero é ver o seu
Bem
Amigo,estou aqui
é amigo,estou aqui
Os outros podem ser até bem
Melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém,amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração,viu
O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
As três palavras que proferi
Amigo,estou aqui
Não se esqueça que ouviu de mim
Ontem eu chorei vendo aquele filme de brinquedos. Por mais que fossem apenas objetos inanimados se aventurando e ajudando um ao outro, eu lembrei de flashes do meu passado naquela prosopopéia infantil. Ultimamente eu ando muito nostálgica e ter ido ao cinema só foi um impulso pra encher meus olhos de lágrimas. Eu tinha um velho amigo ao lado - ele e mais aqueles novos amigos que eu tinha feito do ano passado pra cá. Costumo dividir minha vida em - agosto de 2009 até os dias atuais = presente, 2008 pra trás = passado, futuro uma incógnita como sempre. Tenho olhado muito pra trás e pensado em quantas pessoas já passaram pela minha vida, quantas eu trago até hoje, quantas eu deixei pelo caminho. E isso me dói tanto..me faz sentir falta de uma parte de mim, saudade de mim mesma, um alguém que fui com outro alguém e quando este outro foi embora levou junto. E pensar que fui embora tão calma naquele novembro, como se eu estivesse convicta que os veria de novo. Muitos dali nunca mais vi nem passando longe. Aí eu faço uma metáfora com o ônibus: alguns passageiros a gente tem que deixar ir, outros ficam conosco até o fim, alguns nós esticamos viagem o quanto podemos. Às vezes nós mesmos temos que nos despedir pra seguir viagem. "Estamos indo de volta pra casa." tudo passa. As eras terminam. Dinheiro acaba, biscoito acaba e amizades, assim como a água que é algo que precisamos mas que não é infinita, acabam . E eu quero aproveitar agora o máximo com quem estou neste exato momento. Porque me vejo tão presa no passado e esquecido do presente, quem daqui a pouco esse presente vira passado e eu acabo não aproveitando. Ficando presa nele de novo. Com saudade dele de novo. E vive versa. Acho que não sou perdidamente apaixonada por ele, sou morta de amores pela sincronia perfeita que tinha o conjunto ele + tudo que eu amava e tinha pra mim. Tô afim de curtir, de rir, de ir ali na esquina pra pegar um cd, de passear com o cachorro, de dar uma parada pra conversar com aquela prima que agora tá distante, mas que também fez parte daquele passado que não quer passar, de não esconder mais meu ciúme doentio, de me encontrar de novo. Quero mais a mim, tô afim de mim, de me sentir plena. Respirar Larissa e não sentir nenhum cheiro desconhecido. Aos amigos que ficaram, vocês são a jóia mais preciosa da minha vida. Porque é com vocês que eu quero viver por longos e longos anos. E aos que estão distantes, me esperem, eu tenho feito o possível e o impossível pra resgatar o que foi lançado ao mar: porque mais que seja difícil de resgatar, não é impossível.
Seus problemas são
Meus também
E isso eu faço por você e
Mais ninguém
O que eu quero é ver o seu
Bem
Amigo,estou aqui
é amigo,estou aqui
Os outros podem ser até bem
Melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém,amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração,viu
O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
As três palavras que proferi
Amigo,estou aqui
Não se esqueça que ouviu de mim
Ontem eu chorei vendo aquele filme de brinquedos. Por mais que fossem apenas objetos inanimados se aventurando e ajudando um ao outro, eu lembrei de flashes do meu passado naquela prosopopéia infantil. Ultimamente eu ando muito nostálgica e ter ido ao cinema só foi um impulso pra encher meus olhos de lágrimas. Eu tinha um velho amigo ao lado - ele e mais aqueles novos amigos que eu tinha feito do ano passado pra cá. Costumo dividir minha vida em - agosto de 2009 até os dias atuais = presente, 2008 pra trás = passado, futuro uma incógnita como sempre. Tenho olhado muito pra trás e pensado em quantas pessoas já passaram pela minha vida, quantas eu trago até hoje, quantas eu deixei pelo caminho. E isso me dói tanto..me faz sentir falta de uma parte de mim, saudade de mim mesma, um alguém que fui com outro alguém e quando este outro foi embora levou junto. E pensar que fui embora tão calma naquele novembro, como se eu estivesse convicta que os veria de novo. Muitos dali nunca mais vi nem passando longe. Aí eu faço uma metáfora com o ônibus: alguns passageiros a gente tem que deixar ir, outros ficam conosco até o fim, alguns nós esticamos viagem o quanto podemos. Às vezes nós mesmos temos que nos despedir pra seguir viagem. "Estamos indo de volta pra casa." tudo passa. As eras terminam. Dinheiro acaba, biscoito acaba e amizades, assim como a água que é algo que precisamos mas que não é infinita, acabam . E eu quero aproveitar agora o máximo com quem estou neste exato momento. Porque me vejo tão presa no passado e esquecido do presente, quem daqui a pouco esse presente vira passado e eu acabo não aproveitando. Ficando presa nele de novo. Com saudade dele de novo. E vive versa. Acho que não sou perdidamente apaixonada por ele, sou morta de amores pela sincronia perfeita que tinha o conjunto ele + tudo que eu amava e tinha pra mim. Tô afim de curtir, de rir, de ir ali na esquina pra pegar um cd, de passear com o cachorro, de dar uma parada pra conversar com aquela prima que agora tá distante, mas que também fez parte daquele passado que não quer passar, de não esconder mais meu ciúme doentio, de me encontrar de novo. Quero mais a mim, tô afim de mim, de me sentir plena. Respirar Larissa e não sentir nenhum cheiro desconhecido. Aos amigos que ficaram, vocês são a jóia mais preciosa da minha vida. Porque é com vocês que eu quero viver por longos e longos anos. E aos que estão distantes, me esperem, eu tenho feito o possível e o impossível pra resgatar o que foi lançado ao mar: porque mais que seja difícil de resgatar, não é impossível.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
"Eu te amei o quanto pude, mesmo sem você sentir. Te amo até hoje, com cada partícula do meu corpo. Mas isso vai mudar, isso já tá na prorrogação e eu sei que quem vai sair perdendo sou eu, aliás tô perdendo faz quase 1 ano. Só mais uma pergunta: como alguém não se sente amado tendo tanto amor para ele na sua frente? Ah meu amor, estou indo embora com as facas nos punhos, a corda no pescoço e uma culpa que inventei só pra te fazer inocente dessa história mais uma vez. Adeus e te amo, talvez seja a última vez que te diga isso...e sem você sentir ou ao menos saber."
domingo, 20 de junho de 2010
Em vão (Yana Martins e Larissa Justino)
" - Poisé. - disse. É tudo tao inútil, o que eu fiz, o que eu faço, o que eu faria por ele, os textos presentes, pensamentos, o sentimento dedicado, pra alguém que não quer. E o pior, eu não consigo parar de querer doar, seja o que for, por mais simples que seja, tem uma esperança chata que por mais que eu diga pra mim mesma, esquece, acabou. Ela fica falando 'pode não ter acabado, ainda tem chance, não esquece dele não'. Mas tu já sabes de tudo isso é discurso à toa, porque nós duas já sabemos como é que isso acontece de cor e salteado.
- E persistimos."
- E persistimos."
Só supondo
Suponhamos, meu bem, que você se importe comigo. Que você se preocupe com o meu amar por você sem medidas, incondicional, acima de qualquer coisa, mesmo que não possa correspondê-lo. Suponhamos que você leia meus textos e pense "meu deus, o que posso fazer pra ela me amar menos, pra ela ver que eu não sou tudo isso, pra ela parar de sofrer tanto?". Suponhamos que você se sinta um inútil por viver bem e feliz enquanto eu ando te precisando a qualquer custo, a qualquer hora em qualquer lugar que eu estiver. Eu te acharia a pessoa mais linda desse mundo, mais ainda. Eu, na condição de te amar e te ver, assim, se preocupando comigo, te diria: pode ir. Porque meu amor é tão intenso que ultrapassa qualquer entendimento; ele é definitivamente inexplicável. Ele te deixa ir, se for pra ser feliz, se for pra ver aquele sorriso mais uma vez perto de mim. Eu abro mão do que for pra isso, se você se importasse comigo. Se. Se isso não fosse apenas uma suposição, se tudo não passasse de um sonho. Mas você vai sem eu te deixar ir, sem se preocupar comigo. E a cada dia que passa eu sinto falta de uma parte nova tua, um gesto teu, uma lembrança nossa, e me dói muito não ter aquela certeza de que você vai voltar, não saber o que se passa, nem com você muito menos comigo. Tudo isso dói e não há remédio que cure.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Luz e Sombra

O que virá depois? - pergunto então para a tarde suja atrás dos vidros, e me sinto reconfortado como se houvesse qualquer coisa feito um futuro à minha espera. Assim como se depois do chá fumasse lentamente um cigarro mentolado, olhando para longe, aquecido pelo chá, tranqüilizado pelo cigarro, enlevado pelo longe e principalmente atento ao que virá depois deste momento. Faz tempo não tomo chá, e controlo tanto os cigarros que, cada vez que acendo um, a sensação é de culpa, não de prazer, você me entende?
Não, você não me entende. Sei que você não me entende porque não estou conseguindo ser suficientemente claro, e por não ser suficientemente claro, além de você não me entender, não conseguirei dar ordem a nada disso. Portanto não haverá sentido, portanto não haverá depois. Antes que me faça entender, se é que conseguirei, queria pelo menos que você compreendesse antes, antes de qualquer palavra, apague tudo, faz de conta que começamos agora, neste segundo e nesta próxima frase que direi. Assim: é um terrível esforço para mim. Se permanecer aqui, parado nesta janela, estou certo que acontecerá alguma coisa grave - e quando digo grave quero dizer morte, loucura, que parecem leves assim ditas. Preciso de algo que me tire desta janela e logo após, ainda, do depois. Querer um sentido me leva a querer um depois, os dois vêm juntos, se é que você me entende.
(...)
Não me pergunte como nem por quê, mas a janela não dá para uma rua, como a maioria das janelas costuma dar. A janela dá para aqueles intermináveis telhados de zinco dos quais já falei. Sim, sim, tentei me interessar pelas manchas do zinco, seus pequenos sulcos, as ondulações e todas essas coisas. E realmente me interessei, durante algum tempo. Mas os telhados são intermináveis, você sabe. Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo. Então começou novamente aquela sensação de enjôo: os telhados estendem-se até o horizonte, como um enorme carpete verde. Antes de começar a vomitar olhando os telhados, felizmente vieram as pombas. Mas como eu já disse: são cinzentas, o ruído que fazem é como o de asas de morcego. Seus bicos batem freqüentemente contra o vidro da janela. Não houvesse vidro, tocariam meu rosto. Para não vomitar, tento olhar para além dos telhados que se fundem ao infinito. Não vejo nada, só o cinza pesado do céu e a fuligem que se deposita aos poucos nas beiradas da janela. Ao entardecer a fuligem ganha uns tons rosados, e logo depois, quando baixa o escuro, chega o momento de me encolher sobre o carpete para finalmente dormir.
Essa hora, quase sempre a fuligem do céu tem aqueles tons rosados. Está amanhecendo. Na porta, o pão, a lata com água, o maço de cigarros. Para apanhá-los, mesmo que olhe em frente ou para cima, o verde do carpete me invade os olhos e sempre vomito. Nem sempre sou ágil o suficiente para, com um movimento de cintura, evitar que o vômito caia sobre o pão, a água, os cigarros. E quando vomito sobre eles, sempre escuto o ranger de dentes atrás da porta. Nesses dias não como, não bebo, não fumo. Apenas caminho até a janela e, desde o momento em que o rosa se desfaz e o cinza baixa outra vez, as pombas bicando meu rosto protegido pelo vidro, repito sempre assim - deve haver alguma espécie de sentido ou o que virá depois?
Não choro mais. Na verdade, nem sequer entendo por que digo mais, se não estou certo se alguma vez chorei. Acho que sim, um dia. Quando havia dor. Agora só resta uma coisa seca. Dentro, fora.
Por vezes fecho os olhos e tenho a impressão que esses telhados intermináveis são a única coisa que existe dentro de mim, você me entende agora? O quê? Sim, tenho vontade de me jogar pela janela, mas nunca foi possível abri-la. Não, não sei o que gostaria que você me dissesse. Dorme, quem sabe, ou está tudo bem, ou mesmo esquece, esquece. Não consigo. Quando vomito sobre o pão, não consigo comer nem vomitar depois. Gosto de vomitar, é um pouco como se conseguisse chorar. Quem sabe você conseguiria pelo menos me ensinar um jeito de vomitar sem precisar comer? Apesar das minhas unhas crescidas, ainda não estão longas nem afiadas o suficiente para que possa cravá-las em minha própria garganta. Sim, devo ter lido isso em algum livro. Mesmo dito assim, talvez seja essa a única saída. Gostaria de evitá-la.
Dentro de mim, não consigo deixar de pensar que há alguma espécie de sentido. E um depois. Quando penso nisso, é então como se alguém dançasse sobre esses intermináveis telhados de dentro de mim. Sobre os telhados cinzentos alguém vestido inteiro de amarelo. Não sei por que exatamente amarelo, mas brilha. O vento faria esvoaçar seus panos e cabelos. Num grande salto aberto, esse alguém que dança alcançaria a janela abrindo-a com um leve toque das pontas dos dedos. Quase sempre tenho certeza que deve ser você.
Não, não diga nada. Prefiro não saber que não. Nem que sim. Você me despreza por estar aqui assim parado? E outra vez, não diga nada. Não consigo ver claro seu rosto que os panos e os cabelos cobrem por inteiro, soprados pelo vento. Sei também que, após o salto, você me tomaria pela mão para que eu finalmente levantasse daquele segundo degrau, atravessando a rua de terra solta quente vermelha para, quem sabe, mergulharmos juntos na água fresca do rio. Sei ainda que você me tiraria daquele quarto escuro, entre véus e teias, e mataria um a um os morcegos, para que sentássemos à frente da casa, sem os outros, espiando a queda vertical das estrelas na noite quente de janeiro.
Queria pensar que é esse o sentido, que será esse o depois. Não sei se posso. Há dias, como hoje, em que por mais que minta sequer con - Dá-me mais vinho, porque a vida é nada - sigo ver você, seus membros longos que o vento rouba dos panos. Só Fernando Pessoa: “Cancioneiro” escuto os dentes rangendo e os ruídos internos do meu próprio corpo. Tudo isso me cega. Leva-me daqui, eu peço. E cruzo as duas mãos sobre o peito, como se sentisse frio ou afastasse demônios. Aperto o rosto contra o vidro. Duas pombas, cada uma delas bica um de meus olhos. Tal - Quem conhece Deus - vez um dia consigam quebrar o vidro. Sem querer, lembro de uma antiga sente as coisas internas história de fadas: duas pombas furavam os olhos de duas irmãs más, você e é amigo dos morangos lembra? Havia fadas, naquela história. Não há ninguém dançando sobre que nunca morrem. os telhados. Nunca houve. Para não ver o cinza que se transforma em Henrique do Vaile: “Os morangos são eternos” verde, olho para além deles.
O dia está muito quente. Quando a tarde avançar, sei que me encontrará sentado no degrau. E depois que o cinza tiver se transformado em rosa e em violeta e em azul profundo e por fim em negro, sei que estarei parado no centro daquele quarto, ouvindo os guinchos estridentes e o bater de asas dos morcegos. Gritarei, então. Muito alto, com todas as minhas forças, durante muito tempo. Não sei se foi esta a ordem, se será assim o depois. Mas sei com certeza que nem você nem ninguém vai me ouvir.
*
COMO A VIDA DE ALGUÉM SE ACABA ANTES DO FINAL???
se morte fosse solução, juro que não pensaria duas vezes
domingo, 13 de junho de 2010
Carta àquele que de amor virou desconhecido
Belém, 13 de junho de 2010
Fulano,
Primeiramente desculpe por não utilizar nenhuma forma de tratamento antes do teu nome, mas é que eu nem sei o que somos e fiquei com medo de parecer querer ser íntima demais ou reservada demais depois de tudo que aconteceu ou que não aconteceu mais. Venho aqui te dizer algumas coisas que talvez você já saiba mas que parece que entra na tua cabeça e sai na mesma hora, como o ar que respiras.
Lembras-te das inúmeras vezes que te deixei ir embora? Queria te dizer que nunca deixei, mas sempre esperei por tuas voltas. Queria te dizer também que dessa vez tá demorando muito, e eu já tô ficando cansada de toda essa situação. Não que eu vá desistir - posso te esperar por mais mil vidas - mas é que, se fores parar pra pensar, das vezes que não te tinha só pra mim, tinha ao menos por perto. É disso que eu falo. Porque sempre fui muito humilde com essa história de amar, me contento com um simples estar perto, ser amiga, dar e receber abraços, oferecer o ombro nas horas difíceis, transformar qualquer besteira em um assunto longo e conversar horas a fio. Mas agora não estamos fazendo nada disso. Porque pra mim amar não se resume a beijos, juras de amor e presentes no dia dos namorados; qualquer criatura sã sabe que amar é muito mais que isso, você é mais que isso e nós poderíamos ser muito mais que isso, muito mais que fomos um dia. Você não sabe o quanto dói olhar pro lado e ver que quem eu mais queria que estivesse ali não está e saber que mesmo que nunca voltemos a ser o que éramos (ou o que eu achava que éramos) no verão passado, o estar perto, ser amiga, dar e receber abraços e conversar horas a fio já tava de bom tamanho. Dói saber que quem eu queria que estivesse ao meu lado e não está, vive por outros caminhos, junto de alguém que também já esteve ao meu lado. Sabe, sempre fomos muito amigos, e agora o que somos? Aliás, já fomos alguma coisa ao menos um dia? Tenho muitas dúvidas na minha cabeça, sobre o que você anda fazendo, dizendo e sendo. Digo e repito que não és mais o meu. O meu sabe, que talvez nunca tenha sido. E talvez nem existas, não do jeito que eu te idealizo, que eu te defendo mesmo na hora de precisar me defender, de tentar não deixar os outros sentirem pena de mim por tudo que me fizeste, e tentar enfiar nessa tua cabeça que sempre foi aberta para novos conhecimentos de que apesar de tudo se você voltasse agora, nesse instante eu te receberia com todo o amor que eu tenho. Eu tenho tanto amor pra te dar, é tão difícil entender isso? É tão difícil entender que você não vai encontrar alguém que te ame mais do que eu? Tá bom, talvez seja melhor desistir de tudo mesmo, só me diga como? Qualquer coisa é melhor que isso, como estamos ou como eu estou sozinha. A cada dia que passa eu percebo que tô caminhando sozinha, descalça e com o coração partido, e sem ninguém pra vir juntar os cacos. Na verdade eu acho que ninguém é bom o suficiente, bonito o suficiente, inteligente o suficiente e engraçado o suficiente quanto você. Ninguém consegue fazer uma harmonia entre essas coisas, tudo o que me faz pirar. Vivem me dizendo que eu posso sim encontrar uma outra pessoa com essas características mas cadê essa outra pessoa que eu não encontro? Devolva meu coração que um dia eu te entreguei sem pestanejar, um doar de coração mesmo, de verdade. Eu quero seguir em frente, estudar, dançar, sair, curtir, encontrar uma nova maneira de ser feliz, sem precisar de ti que me fez tão mal mas eu ainda insisto em dizer que é o ápice da minha felicidade. Tô achando tudo isso impossível, você teve a proeza de impossibilizar o que já foi possível, o que já vivi e agora é como um sonho inatingível. Agora queria te dizer o último adeus, o adeus de verdade, o "muito obrigada por todos os momentos e nunca faça mais essa sacanagem com ninguém" e descobrir como se faz pra amar sozinha.
Uma boa vida e um abraço para aquela que está sendo a "amada" do momento. Amar é mais que isso que você pensa meu bem.
p.s.: ...continuo te esperando
Fulano,
Primeiramente desculpe por não utilizar nenhuma forma de tratamento antes do teu nome, mas é que eu nem sei o que somos e fiquei com medo de parecer querer ser íntima demais ou reservada demais depois de tudo que aconteceu ou que não aconteceu mais. Venho aqui te dizer algumas coisas que talvez você já saiba mas que parece que entra na tua cabeça e sai na mesma hora, como o ar que respiras.
Lembras-te das inúmeras vezes que te deixei ir embora? Queria te dizer que nunca deixei, mas sempre esperei por tuas voltas. Queria te dizer também que dessa vez tá demorando muito, e eu já tô ficando cansada de toda essa situação. Não que eu vá desistir - posso te esperar por mais mil vidas - mas é que, se fores parar pra pensar, das vezes que não te tinha só pra mim, tinha ao menos por perto. É disso que eu falo. Porque sempre fui muito humilde com essa história de amar, me contento com um simples estar perto, ser amiga, dar e receber abraços, oferecer o ombro nas horas difíceis, transformar qualquer besteira em um assunto longo e conversar horas a fio. Mas agora não estamos fazendo nada disso. Porque pra mim amar não se resume a beijos, juras de amor e presentes no dia dos namorados; qualquer criatura sã sabe que amar é muito mais que isso, você é mais que isso e nós poderíamos ser muito mais que isso, muito mais que fomos um dia. Você não sabe o quanto dói olhar pro lado e ver que quem eu mais queria que estivesse ali não está e saber que mesmo que nunca voltemos a ser o que éramos (ou o que eu achava que éramos) no verão passado, o estar perto, ser amiga, dar e receber abraços e conversar horas a fio já tava de bom tamanho. Dói saber que quem eu queria que estivesse ao meu lado e não está, vive por outros caminhos, junto de alguém que também já esteve ao meu lado. Sabe, sempre fomos muito amigos, e agora o que somos? Aliás, já fomos alguma coisa ao menos um dia? Tenho muitas dúvidas na minha cabeça, sobre o que você anda fazendo, dizendo e sendo. Digo e repito que não és mais o meu. O meu sabe, que talvez nunca tenha sido. E talvez nem existas, não do jeito que eu te idealizo, que eu te defendo mesmo na hora de precisar me defender, de tentar não deixar os outros sentirem pena de mim por tudo que me fizeste, e tentar enfiar nessa tua cabeça que sempre foi aberta para novos conhecimentos de que apesar de tudo se você voltasse agora, nesse instante eu te receberia com todo o amor que eu tenho. Eu tenho tanto amor pra te dar, é tão difícil entender isso? É tão difícil entender que você não vai encontrar alguém que te ame mais do que eu? Tá bom, talvez seja melhor desistir de tudo mesmo, só me diga como? Qualquer coisa é melhor que isso, como estamos ou como eu estou sozinha. A cada dia que passa eu percebo que tô caminhando sozinha, descalça e com o coração partido, e sem ninguém pra vir juntar os cacos. Na verdade eu acho que ninguém é bom o suficiente, bonito o suficiente, inteligente o suficiente e engraçado o suficiente quanto você. Ninguém consegue fazer uma harmonia entre essas coisas, tudo o que me faz pirar. Vivem me dizendo que eu posso sim encontrar uma outra pessoa com essas características mas cadê essa outra pessoa que eu não encontro? Devolva meu coração que um dia eu te entreguei sem pestanejar, um doar de coração mesmo, de verdade. Eu quero seguir em frente, estudar, dançar, sair, curtir, encontrar uma nova maneira de ser feliz, sem precisar de ti que me fez tão mal mas eu ainda insisto em dizer que é o ápice da minha felicidade. Tô achando tudo isso impossível, você teve a proeza de impossibilizar o que já foi possível, o que já vivi e agora é como um sonho inatingível. Agora queria te dizer o último adeus, o adeus de verdade, o "muito obrigada por todos os momentos e nunca faça mais essa sacanagem com ninguém" e descobrir como se faz pra amar sozinha.
Uma boa vida e um abraço para aquela que está sendo a "amada" do momento. Amar é mais que isso que você pensa meu bem.
p.s.: ...continuo te esperando
quinta-feira, 29 de abril de 2010


Desculpa não ter vindo aqui esses últimos tempos, mas é que eu quase não parava em casa por causa de um bendito ou maldito festival de física/química e biologia de lá do colégio. A ironia da sequência das coisas que acontecem é incrivelmente surpreendente. Até a ordem do nome da porcaria demonstra uma ordem talvez já certeira da posição final. "Eles querem promover a paz, mas se eles que fazem a guerra dentro do próprio colégio" e é a mais pura verdade. Eles despertam em nós um espírito mais que esportivo; espírito de vingança, de revanche, de rancor, um espírito sem escrúpulos, o lado que eu desconhecia de muita gente. Palmas para os fortes que conseguirão sair dessa com suas amizades de pé.
Não lidamos com pessoas, não batemos de frente com um aluno, e sim com uma turma inteira, grupos na média de 50 pessoas, robotizadas de uma maneira meio zumbi à procura de um único rumo: a vitória. Mas no meio de toda essa parafernália do mês de abril há de se encontrar algo positivo, a harmonia interna. Numa sala cheia de "retardados" como eu denominei no começo do ano, descobri pessoas maravilhosas que podem sempre dar as mãos na situação do aperto, da vitória ou da derrota, sabem reconhecer que não importa o resultado, e sim o caminho percorrido para chegar nele. E saber reconhecer que mesmo nesse ambiente de tanta discórdia, entre olhares maldosos, que enxergam coisas que nem existem; e o que deviam enxergar, mesmo invisível, não enxergam. Independente do resultado de amanhã, tô com a consciência leve por saber que sou um desses fortes que sobreviveram ao terror pré/durante/pós festival, mantendo minhas amizades de pé e conquistando novas pessoas, uma turma inteira, um 2º A de cara nova, com saudade daquele antigo, mas feliz por ter continuado nesse, por ter sido paciente comigo mesma por ter esperado o tempo necessário para ver que não havia nada do que me arrepender. E cada vez mais ficam os laços verdadeiros..
sábado, 17 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010


Dois de meus sonhos se realizaram. Fazer 15 anos e comemorar minha festa de 15 anos. Fazer 15 anos é uma maravilha. Comemorar, em dobro, literalmente. Missa primeiro, aquela festa dos sonhos depois. Mas depois você acaba percebendo que o que é surreal mesmo é quando você descobre o que seus amigos significam pra você. Na missa. Você tem toda aquela serenidade, a presença de Deus, de seus amigos, a família. E parece que só vai quem realmente importa, ou que se importam com você. Ainda bem que foram muitos. Mas a quantidade não é tão importante, você sabe disso. É uma coisa inexplicável, seus amigos se derretendo em lágrimas sem motivo concreto. Mas o que vale mesmo é o abstrato..então tá tudo certo. Só se chora muito quando se tem emoção..e quando se tem emoção se tem calor, companhia, carinho, amizade, amor! Isso vale mais que qualquer festa. Posso perder tudo meu Deus, mas não me deixe perder essas pessoas tão maravilhosas que me cercam, que às vezes nem cercam, mas tão sempre perto..de um outro jeito, naquele espaço quase todo preenchido, faltando um pedaço, batendo quase parando mas ainda assim chamado coração.
Como um filtro,
um filtro seletivo, vão ficando apenas as coisas e as pessoas que realmente contam...
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Ah como seria bom fazer duas vezes 15 anos.. (1)
Acho que toda menina espera por esse dia. Eu esperei muito. Parece que não chegava. Parece que eu havia passado uma eternidade com 14 anos..mas o importante agora é que tinha chegado. Me veio como um repente, um vento que chegou forte e que nem percebi. Sempre contava os dias para os trinta e uns de março chegarem, e esse pra mim não seria diferente (mas seria sim). De repente, faltavam dois dias. E depois de amanhã passou tão rápido, amanhã quase nem vivi. É tão bom perceber que mesmo aqueles seus amigos que você pensa que só estarão com você na sacanagem lembram de você, mesmo na sacanagem, e te fazem feliz. E aqueles que você não conhece há muito tempo, ou não é amiga há muito tempo conseguem pensar em uma coisa bacana que muitos que te conhecem há anos não conseguiriam pensar. São portas que se abrem para uma nova zona de amor, uma nova amizade, uma segunda vida. Aí se chega a noite e eu me pergunto "meu Deus, por que hoje passou tão rápido?" Mas quando menos se imagina, mais a gente se surpreende, e o dia só acaba quando eu dormir! Essa é a nova lei.
Tenho vivido muito esses tempos. Meus dias não estão se limitando às 24horas de todo santo dia. O que eu posso fazer hoje, eu vou fazer hoje e não tem como deixar pra amanhã! Sinto o calor dos meus amigos tão perto, e isso me faz tão bem... se esse for realmente o sinal do estado de felicidade pode ativá-lo pra sempre. Por mim posso passar mais 3 anos só com 15 anos, ô aurora de vida! Não sei se é a sina dos feriados prolongados, mas por enquanto prefiro acreditar que tudo isso vai durar quando chegar a segunda-feira. Até porque vem quarta, a sexta...o aniversário ainda não acabou! As chances de ser feliz ainda não acabaram, tudo pode ter um recomeço. Respiro fundo e falo pra mim mesma "tô feliz, porra" mesmo com todos os palavrões, as unhas roídas e os chutes que levo da vida. Mesmo com os amigos perfeitos, a família perfeita e a vida imperfeita e perfeita, vivendo nesse mundo de ser e não ser que por ser desse jeito faz ser interessante. Ah, lembrei de uma coisa, mas só agora, juro. ele não me deu parabéns. Foda-se. Tô muito bem assim, acho que se fosse melhor, nem seria tão melhor.
''Saiba que eu gosto muito de você. Espero que esteja feliz e bem acompanhado.''
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
"(...) Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um chato. Mas você é homem, você segura o tranco da vida. E talvez seja só por isso que eu ainda te agüente: você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo."
Eu tentei fugir de algo que não posso fugir. Do amor. Não digo do amor à família aos amigos, ao cachorro e a todo o resto que se gosta, mas sim "aquele" amor. Aquele amor que você suspira e pelo qual você acorda todos os dias com a esperança de que aconteça algo diferente, que ele ligue, que ele volte.
Que ele venha nem que seja só pra dizer "oi, como tem passado?" e fazer as mesmas palhaçadas de sempre, que você nem sabe se é engraçado ou se ri só por ter vindo dele. É incrível a facilidade que ele tem de me arrancar um sorriso assim como tem de me fazer chorar sem nem saber. E morrer chorando. E dormir chorando. E nem conseguir lembrar a hora que dormiu por ter chorado tanto. Só ele tem esse poder.
Só ele tem essa cara de pilantra, aquela cara que eu odeio, aquele jeito que se qualquer outra pessoa fizesse eu com certeza acharia patético, sem lembrar que ele é o rei dos patetas. Só ele tem o poder de marcar músicas, de me fazer lembrar coisas que aconteceram há anos e que certamente não lembraria se fosse outra pessoa. Se fosse outra pessoa, nem sentiria tudo isso.
Eu amo esse teu humor sarcárstico, amo essa tua falsidade pra certas coisas (menos pra mim) esse jeito menino moleque que poucos moleques têm. Tens tudo o que um menino precisa, tudo o que eu acho que eles precisem. Tudo o que eu preciso!
Sinceramente, eu tenho amor à vida. A essa vida que eu tenho o privilégio de te amar, porque na verdade o que importa mesmo é isso. O que eu sinto. Não se você usa uma meia mais em cima do que a outra, se você tem mania de cantar músicas sem ter um timbre bom, de ficar falando de futebol, mesmo sendo um fracasso e preferindo a outro esporte..
É por isso que eu digo com a maior convicção de todas que é amor. Viva às pessoas que amam verdadeiramente! Amor incondicional, daqueles que pode acontecer o que for, continua sendo amor. E eu continuo aqui, vivendo e morrendo, caindo e levantando, mas ainda te amando. Porque é meio estranho, é meio piegas dizer que amo o amor que sinto por você. Mas depois desse amor..só você mesmo.
(...) pelo menos estou vivo, andando por aí, levando porrada, tentando amar
Eu tentei fugir de algo que não posso fugir. Do amor. Não digo do amor à família aos amigos, ao cachorro e a todo o resto que se gosta, mas sim "aquele" amor. Aquele amor que você suspira e pelo qual você acorda todos os dias com a esperança de que aconteça algo diferente, que ele ligue, que ele volte.
Que ele venha nem que seja só pra dizer "oi, como tem passado?" e fazer as mesmas palhaçadas de sempre, que você nem sabe se é engraçado ou se ri só por ter vindo dele. É incrível a facilidade que ele tem de me arrancar um sorriso assim como tem de me fazer chorar sem nem saber. E morrer chorando. E dormir chorando. E nem conseguir lembrar a hora que dormiu por ter chorado tanto. Só ele tem esse poder.
Só ele tem essa cara de pilantra, aquela cara que eu odeio, aquele jeito que se qualquer outra pessoa fizesse eu com certeza acharia patético, sem lembrar que ele é o rei dos patetas. Só ele tem o poder de marcar músicas, de me fazer lembrar coisas que aconteceram há anos e que certamente não lembraria se fosse outra pessoa. Se fosse outra pessoa, nem sentiria tudo isso.
Eu amo esse teu humor sarcárstico, amo essa tua falsidade pra certas coisas (menos pra mim) esse jeito menino moleque que poucos moleques têm. Tens tudo o que um menino precisa, tudo o que eu acho que eles precisem. Tudo o que eu preciso!
Sinceramente, eu tenho amor à vida. A essa vida que eu tenho o privilégio de te amar, porque na verdade o que importa mesmo é isso. O que eu sinto. Não se você usa uma meia mais em cima do que a outra, se você tem mania de cantar músicas sem ter um timbre bom, de ficar falando de futebol, mesmo sendo um fracasso e preferindo a outro esporte..
É por isso que eu digo com a maior convicção de todas que é amor. Viva às pessoas que amam verdadeiramente! Amor incondicional, daqueles que pode acontecer o que for, continua sendo amor. E eu continuo aqui, vivendo e morrendo, caindo e levantando, mas ainda te amando. Porque é meio estranho, é meio piegas dizer que amo o amor que sinto por você. Mas depois desse amor..só você mesmo.
(...) pelo menos estou vivo, andando por aí, levando porrada, tentando amar
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Eu tava pensando em voltar a ser criança. Pensando em voltar não, porque não posso voltar no tempo. Mas como eu queria ainda ser criança. Não fazendo nada da vida, com a maior pureza do mundo, não se magoando e nem permitindo fazer do seu coração um boneco de fantoche. Eu adorava minha infância, lembro de cada mínimo detalhe do que eu fazia e do que eu era. Mas algumas coisas não mudam.
Pensando bem, por outro lado algo ainda iria permanecer, ou voltar à sua origem. Minha teimosia eterna, de saber que algo não é certo, que aquilo dói, que aquilo continua em sigilo, que aquilo é pra sempre. Como aqueles pedaços de morango que vêm no iogurte; mesmo eu sendo apaixonada por morangos e sabendo que aquilo são pedaços de morango no iogurte eu não consigo tomar aquilo com os malditos pedaços. E sempre acabo deixando de lado, apesar de minha mãe sempre falar pra eu jogar aquilo fora. É o meu amor, mesmo eu sabendo que é algo que eu não vivo sem, eu não consigo deixá-lo passar pela minha garganta, deixar aquilo ir embora e fingir que não foi nada. Deixo de lado (não que eu queira deixar!) só pra tentar viver um dia sequer, sorrindo e vivendo uma ilusão de que minha vida está às mil maravilhas de novo que nem o antepenúltimo semestre. E todos os meus amigos, todos que me vêem ainda com essa bendita teimosia me dizem pra jogar isso fora, deixar passar, curtir a vida e esquecer de algo tão insignificante. Mas não é insignificante, são pedaços de morango, e eu adoro pedaços de morango! Devo dizer, é amor, e sem amor ou sem essa droga de amor dele eu não consigo viver, eu não sou completa! Não tem como deixar passar, até porque nem quero. Ô teimosia...
Hoje minha mãe tava com um bebê no colo. Ele chegou triste, desanimado, mas foi só ver um balão verde que encontrou algo pra se entreter (como é bom ser criança, sempre encontrando diversão nas coisas mais simples possíveis). O balão verde tava pendurado por um fio prata que o ligava aos outros balões maiores. Quando cheguei, mamãe o carregava já em pé, balançando o balão que o fazia rir. Pude ver o brilho no olhar do bebê, achando tudo aquilo incrivelmente legal. Agora era a vez dele. Empurrava o balão e este ia pra lá e voltava bem próximo do rosto do bebê e ele ria, feito um bobo, por uma coisa que os adultos certamente nem prestariam atenção. Foi quando lá fui eu, arrancar o balão do fio e dá-lo pro 'baby' que já ia embora. "toma", disse. Não o vi mais rir, não o vi mais o brilho dos seus olhos, não vi mais nada. Minto, vi apenas uma grande indiferença em relação dele ter o balão livre em suas mãos ou pendurado no meio de outros balões. E no mesmo instante me lembrei de você. Não que isso seja algo surpreendente, porque uma hora ou outra do dia lembro de você. Uns minutos ou outros da hora eu lembro de você. Uns segundos ou outros milésimos deles eu lembro que você está vivo, e como, mas longe de mim, uma vida que depende da sua. E fiz a seguinte comparação: ainda consigo rir, ainda sinto meus olhos brilharem vendo você, apesar de tão distante, pendurado entre tantos e outras coisas. Mas acho que isso nem importa, e sim o que eu sinto. Todos os esforços que já fiz pra e por você, coisas que nunca irá saber...Porque o que o que você sente eu não sei, eu já achei muitas vezes que sabia, mas não sei, não sei nem se sente. Mas o que Eu sinto, eu sei, e como sei. É amor, sempre foi e vai continuar sendo, afinal é eterno. E essa é a beleza que isso tem na minha vida e na vida de todas as pessoas, algo tão sereno, tão puro que nos faz sentirmos como crianças novamente, tendo uma pureza intocável. E lá se vem a teimosia de todas as idades, de querer insistir em algo sem nexo, sem vontade alguma, simplesmente por isso ser essencial pra viver. E viver mesmo com isso distante, tão presente nesse coração que sempre vai pertencer a alguém. É gostar de viver nesse vai e volta e de viver esperando algo que parece que nunca volta de uma vez.
O fio nessa comparação toda é uma incógnita, ele pode ser a ponte que me leva até você. E talvez eu seja que nem o bebê, goste mais do que senti nessa ponte toda do que no final dela. Ou talvez eu seja o balão verde, e você todos os tipos de balões safados que me sustentam. E talvez eu goste de estar pendurada, mesmo alguém ou até eu mesma às vezes tentando me arrancar desse elo que nos une, eu não quero ser levada embora por alguém que nem ficou tão feliz por me ter só pra si. E quem disse que eu fiquei tão feliz assim?
Talvez eu queira continuar pendurada, esperando você e somente você pra me arrancar dali, e me leve pra sempre e nunca me solte, pra eu não me perder no ar. Ainda estou pendurada, vou continuar esperando, só não demore muito pra eu não murchar.
"Porque o que quase foi, não pode atrapalhar o que ainda pode ser."
domingo, 17 de janeiro de 2010

Fim de tarde. Voltando no trem com Sara. (E hoje estou com quem quero estar. Minha melhor amiga) Assuntos vêm e vão, assim como nossos problemas, tanto entre nós quanto individuais. Assunto do momento: Meninos. Não especificamente meninos, mas meninos, ficas, rolos, namoros e afins.
- Maria Clara, fala a verdade. Aqui, só entre nós duas. Com quantos meninos tu ficaste esse ano que passou?
- 2.
- Como assim 2? Dois de dois? Só dois mesmo?
- É Sara, por que estás perguntando isso agora? Foram só 2 mesmo..
- Cara, impossível isso, sério. Não aproveitaste nada desse ano que passou então.
- Qual o problema Sara? Fiquei com 2 meninos só e com muito orgulho!
- Tás dando alguma indireta pra mim? Porque se for..
- EI, tás falando muito alto, todo mundo tá olhando pra gente - interrompi.
- Com ele e com mais quem?
- Luís Felipe. Um menino do 4º ano. Foi só um fica mesmo, não passou disso.
- Mas parece que ninguém tem graça, que ninguém chega aos pés dele?
- Aham.
- É. É amor mesmo.
"Esse é o mal dos amadores. Sempre sofrendo, na maior parte do tempo. Só espero que o final seja justo.."
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Hoje eu acordei feliz. Acordei disposta a fazer tudo o que estava afim, diferente dos outros dias em que me convidam pra qualquer lugar que seja, mesmo que seja um lugar ótimo e que eu adore, ou qualquer outra coisa que eu goste, eu sempre fico com preguiça de fazer. Mas hoje foi diferente, porque acordei bem cedo, fui na casa da Julia, busquei ela pra irmos à casa da Lourraine. Apesar do pouco tempo que passamos lá, foi muito divertido porque estávamos juntas de novo. Apesar de tudo, das brigas, da distância, dos impedimentos, barreiras e afins, estávamos juntas de novo. Essa é a nossa lei: aconteça o que acontecer, estarmos juntas independente da situação. Afinal, temos uma à outra por isso. E essa é a única certeza que eu tenho. Vimos a chata da yana UHAUAHUAHAUHAUHAUAHUAH (we love u) e outros amigos nossos. Fizemos vídeos, cantamos, MATAMOS, gritamos, rimos, nos abraçamos e nos amamos. Enfim. Voltei pra casa bem tarde, na verdade não tão tarde, mas tarde sim comparado ao horário que falei que eu ia voltar. E suficiente pro papai me brigar. Afinal, eu tinha mentido pra ele que eu ia direto pra casa da Lourraine, quando tinha ido na casa da Julia primeiro pra bsuscar aquela muleca irresponsável que não é exemplo pra ninguém UHAUHAUAHA (i love you) me senti com a consciência pesada. Papai tava tão legal comigo esses tempos, COISA MUITO RARA. Mas tô adorando.. é que a mamãe não tá por aqui, então a gente tem se aproximado um pouco mais. Ele tá sendo tipo um 'pãe' pra gente. Você quer pães? UHAUHAHAUHA juro que parei. Sendo que ele descobriu depois porque a minha senha do msn fica gravada aqui no note então ele conseguiu falar com a julia e saber que eu já estava voltando sã e salva da Pratinha. Falou, falou, falou, mas já tá tudo ótimo. Fomos fazer algumas compras pra viagem (sim eu vou viajar amanhã pro Marajó com metade da minah família e amigos e vai ser mara) e agora tá tudo bem. Ele tá mandando eu desligar porque amanhã a gente vai acordar umas 4 horas da manhã pra fazer uns sanduíches pra levar na Balsa e tudo mais. Enfim, vim dizer que estou muito bem e o dia foi ótimo hoje. Pensei num texto muito bacana pra escrever aqui, quando eu tiver mais tempo eu venho aqui, quem sabe dia 11! UAHAUHAUAHHUAHUAAUHAUAHAU adoro férias
beijos galera
beijos galera
"Aqueles que não fazem nada estão sempre dispostos a criticar os que fazem algo."
"Se você não se atrasar demais, posso te esperar por toda a minha vida."
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