domingo, 4 de julho de 2010

Sótão, tão só

Amigo,estou aqui
Seus problemas são
Meus também
E isso eu faço por você e
Mais ninguém
O que eu quero é ver o seu
Bem
Amigo,estou aqui
é amigo,estou aqui
Os outros podem ser até bem
Melhores do que eu
Bons brinquedos são
Porém,amigo seu é coisa séria
Pois é opção do coração,viu
O tempo vai passar
Os anos vão confirmar
As três palavras que proferi
Amigo,estou aqui
Não se esqueça que ouviu de mim




Ontem eu chorei vendo aquele filme de brinquedos. Por mais que fossem apenas objetos inanimados se aventurando e ajudando um ao outro, eu lembrei de flashes do meu passado naquela prosopopéia infantil. Ultimamente eu ando muito nostálgica e ter ido ao cinema só foi um impulso pra encher meus olhos de lágrimas. Eu tinha um velho amigo ao lado - ele e mais aqueles novos amigos que eu tinha feito do ano passado pra cá. Costumo dividir minha vida em - agosto de 2009 até os dias atuais = presente, 2008 pra trás = passado, futuro uma incógnita como sempre. Tenho olhado muito pra trás e pensado em quantas pessoas já passaram pela minha vida, quantas eu trago até hoje, quantas eu deixei pelo caminho. E isso me dói tanto..me faz sentir falta de uma parte de mim, saudade de mim mesma, um alguém que fui com outro alguém e quando este outro foi embora levou junto. E pensar que fui embora tão calma naquele novembro, como se eu estivesse convicta que os veria de novo. Muitos dali nunca mais vi nem passando longe. Aí eu faço uma metáfora com o ônibus: alguns passageiros a gente tem que deixar ir, outros ficam conosco até o fim, alguns nós esticamos viagem o quanto podemos. Às vezes nós mesmos temos que nos despedir pra seguir viagem. "Estamos indo de volta pra casa." tudo passa. As eras terminam. Dinheiro acaba, biscoito acaba e amizades, assim como a água que é algo que precisamos mas que não é infinita, acabam . E eu quero aproveitar agora o máximo com quem estou neste exato momento. Porque me vejo tão presa no passado e esquecido do presente, quem daqui a pouco esse presente vira passado e eu acabo não aproveitando. Ficando presa nele de novo. Com saudade dele de novo. E vive versa. Acho que não sou perdidamente apaixonada por ele, sou morta de amores pela sincronia perfeita que tinha o conjunto ele + tudo que eu amava e tinha pra mim. Tô afim de curtir, de rir, de ir ali na esquina pra pegar um cd, de passear com o cachorro, de dar uma parada pra conversar com aquela prima que agora tá distante, mas que também fez parte daquele passado que não quer passar, de não esconder mais meu ciúme doentio, de me encontrar de novo. Quero mais a mim, tô afim de mim, de me sentir plena. Respirar Larissa e não sentir nenhum cheiro desconhecido. Aos amigos que ficaram, vocês são a jóia mais preciosa da minha vida. Porque é com vocês que eu quero viver por longos e longos anos. E aos que estão distantes, me esperem, eu tenho feito o possível e o impossível pra resgatar o que foi lançado ao mar: porque mais que seja difícil de resgatar, não é impossível.

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