Eu realmente não sei no que tudo isso vai dar. E o fato de não saber o que pode acontecer em uma situação dessas é pelo simples fato de eu não ter certeza do que ando realmente fazendo.
Ontem rolou um programinha calmo que por hora pensei que fosse por pena de mim. Cinema sem pipoca, sem ingresso, sem chocolate, sem shopping, sem gente chata, apenas um retroprojetor e a companhia de dois bons amigos. Era isso. Na véspera de uma prova importante pra metade da cidade, menos pra gente, era o que tinha praquele sábado. Um desfecho de noite para um dia que não era dos melhores se este realmente tivesse sido o desfecho da noite.
Uma passada no restaurante mais gostoso da cidade pra "pedir comida para a mãe". Essa era a desculpa. Meu sexto sentido para surpresas já disparava no vermelho desde quando ele atendia o telefone e ia pra longe, mas nunca digo nada porque estragar os planos surpresa de alguém deve ser desagradável demais.
E aí que enquanto a gente se beijava um pouco o táxi chegava na minha casa que compactuava com todo o plano. Minha mini-sala e um outro retroprojetor. Minha mini-cozinha e dois pratos, dois pares de talheres, duas taças, duas velas - isso foi realmente engraçado - e meu prato preferido do restaurante mais gostoso da cidade. 6 meses.
"Meio ano, cara." Foi o que meu amigo do ano havia dito de manhã cedo. E foi o que o antigo garoto dos beagles repetiu à noite, bem tarde pra explicar toda a cerimônia caso eu tivesse ficado um pouco assustada com tudo. Ok, a princípio eu realmente ri internamente por ter certeza de que não era muito minha cara receber um jantar à luz de velas, mas logo lembrei que era a cara dele oferecer tal. E fiquei feliz mesmo assim, mais ainda quando vi o vídeo apaixonado que ganhou daquele que recebi no nono ano do colégio antigo. Fiquei feliz também por ter lembrado e dito antes dele que completávamos mais um mês. Fiquei feliz dele sempre procurar fazer alguma coisa, mesmo tendo quase certeza que eu não vou fazer nada. E daí conversamos, passeamos pelas redondezas enquanto entre uma volta e outra alternávamos entre uma conversa sem a menor importância e uma outra séria. A séria do dia foi meio que surpreendente, não era só eu que andava mal esses tempos. É a partir daí que me bate um desespero de sugar tanto o ombro-amigo, a companhia e a disponibilidade dele e não me doar na mesma intensidade, o que é meio complicado. Mas tentei aconselhar com aquilo que eu sabia por ele ter me contado, e com aquilo que eu sabia e que não tinha sido ele que tinha me contado. Tentei aconselhar no melhor subjetivo possível e parecer ser uma boa pessoa ao invés de uma egoísta mal agradecida. E o assunto morreu um pouco. Em seguida conversamos sobre espiritismo, amizades, correntes filosóficas e o assunto voltou num desabafo, um pedido de desculpa por apresentar uma estranheza que eu não havia notado. Alguns beijos e um outro pedido - não aquele - quase de responder com veracidade se eu realmente tivesse a certeza de respondê-lo com convicção. Preferi beijar e me calar, como sempre. E bem feito pra mim, recebi o pior desfecho da noite.
Sabe, realmente eu não sei onde tudo isso vai dar. Certas vezes, quando ele chega, eu não consigo enxergar a minha explicação de estar com alguém daquele jeito. Já outras, fico feliz por sair do quarto e dar de cara com alguém que me espera sentado no sofá. Gosto tanto quando ele ajeita o cabelo e consegue deixar dum jeito que fica tão natural, mas detesto quando ele não acerta e tenho vontade de terminar a conversa na mesma hora. Odeio quando ele pára no en dehor ou então na segunda posição num leve en dedan ainda que ele não entenda nada de ballet e eu não saiba como ele deveria ficar parado sem arquear ligeiramente os ombros. E mesmo que eu deteste particularmente algumas manias e piadas que ele tem, eu admiro uma série de coisas indefinidas na composição imperfeita do ser humano que ele é. Sendo assim, acho que vai tudo continuar como anda. Eu sem saber muito o que fazer e ele sempre com algo em mente. Ele me contando alguma coisa na qual eu não tenha envolvimento algum - como se eu não fizesse o mesmo - e eu pensando em movimentos de dança contemporânea na rua soturna. Esse esquema de contente&inquietante relacionamento que vivo, sem saber exatamente se o desfecho vai dar pra definir como uma história de amor ou apenas mais outra sobre amor como tantas outras, como a do filme no cinema gratuito. A verdade é que eu realmente deveria dizer alguma coisa, mas vou acatar a sugestão: dizer quando eu realmente quiser dizer.
2 Rubrica: psicopatologia. compulsão para falar, loquacidade exagerada que se nota em determinados casos de neurose e psicose, como se o paciente, assim, quisesse dar vazão ao grande número de idéias que passam por sua cabeça; logomania.
domingo, 2 de dezembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
O que eu só queria
Pisei naquela casa depois de quase um ano fingindo o medo que não existia - o de que ele aparecesse. Na verdade, quão estranho porém surpreendente seria esbarrar com alguém que tanto tenho evitado encontrar, mas tanta falta venho sentindo. A desculpa era de ver o cachorrinho novo e ali fiquei sozinha. Se pudesse, ficava sentada, naquele sofá até ele chegar e perguntar o que fazia eu ali, mas a vida é uma correria injusta que às vezes nos tira o tempo que deveríamos ter pra resolver inutilidades de grande importância.
Eu só queria que ele viesse me perguntar quem tinha me deixado entrar e sairia com vergonha; ou que ele me perguntasse onde estava sua mãe e eu o diria que não sabia ao certo, mas que ela havia dito que não demoraria. Eu só queria ter conversas sérias sem inícios, porque essa é a pior parte de dialogar com alguém que você supostamente irá dizer coisas horríveis e ouvir coisas horríveis. Eu só queria não precisar dizer nada, mas tendo a certeza de que ele entendesse que desistir de uma amizade foi meu maior ato de coragem. Que desvincular minha vida da dele foi o caminho mais fácil que encontrei pra guardar meu amor rarefeito, acanhado, mas que não se esquece dos detalhes de uma vida com um ombro a mais pra apoiar a cabeça.
Lembraria como se fosse hoje se não tivesse saudade como passado. Mas ainda lembro. Lembro das brigas de 5 em 5 minutos, de saber mentira por mentira e de jurar ser mais fria da próxima vez. Mas também lembro de poder chegar a qualquer hora e abafar o caso, desabafar uma situação ou simplesmente desabar. Eu só queria que ele tivesse a certeza de que o fato de fazer quase um ano de estranhamento, eu poderia enxugar aquela lágrima pela incompreensão mundana. Eu só queria que ele soubesse que eu tenho dúvidas. Medo de não ter parado a tempo uma pré-raiva que poderia anular meu afeto. Eu só queria que ele soubesse que eu estava cansada, que é difícil manter a paz entre seres completamente reversos. Ou talvez incompletamente parecidos. Mas o que eu realmente queria era lhe contar tantas coisas.. como dizer que eu sempre fujo de situações complicadas e acabo complicando mais ainda; e que apesar dele ser um tanto quanto prolixo eu conseguia absorver suas precisões. Ninguém me deixava mais com raiva do que estar com raiva e rir de um palhaço fazendo graça na minha frente. E que eu não tenho ódio no coração. Eu finjo essa dureza só pra espantar gente chata e de mentira. Eu só queria chegar com ele e dizer que eu sinto falta, muita falta. E de que a única coisa que ele me fez de imperdoável na vida foi ter estragado a pipoca de outubro passado. O resto, o amor restante fez vista grossa. Mas ele não sabe - ou finge não saber - de nada disso.
"Quero que você destrua essa barreira entre eu e você com seu sorriso e não me faça sentir tanta saudade."
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Breve continuação
Foi então, na volta pra casa, que, coincidentemente, ele pareceu ler meus pensamentos mais recentes sem permissão.
- O que tu tens?
- O que eu tenho o quê?
- O que tu tens que me faz gostar de ti?
- Não sei. - respondi.
E calei, pensando baixinho. "Ainda bem que ele também não sabe."
- O que tu tens?
- O que eu tenho o quê?
- O que tu tens que me faz gostar de ti?
- Não sei. - respondi.
E calei, pensando baixinho. "Ainda bem que ele também não sabe."
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Verossimilmente o da vez
We laugh until we think we'll die
Barefoot on a summer night
Nothing new is sweeter than with you
And in the streets you run afree
Like it's only you and me
Geeze, you're something to see
Um dia, como qualquer outro, sempre com muita coisa pra fazer, me dei ao luxo de refletir um pouco. Visitei os perfis de todos os amigos dele e me peguei perguntando o que eu tinha de interessante pra na véspera da viagem à Fortaleza ele abandonar a casa de um amigo onde todo mundo reunido ficou com interrogações na cabeça a respeito de onde ele teria se metido. O que poucos sabem e o que eu nem sonhava era que ele vinha em direção a minha casa. Até mesmo nesse ato de fofura eu menosprezei a dada importância porque pra mim o sono era mais importante e sinceramente o que passava na tv àquela hora interessava à toda a cidade exceto a mim.
Depois visitei os perfis das amigas. Questionava eu, o que restava em mim de agradável na frente de todas aquelas meninas bem vestidas, de cabelos bem escovados e reluzentes, com seus respectivos celulares moderninhos de conta e suas respectivas vagas garantidas na faculdade? O que era meu apartamento nem um pouco sofisticado perto dos metros quadrados mais caros da cidade, meu dinheiro contado para a passagem no transporte coletivo frente aos seus carros do ano, disponíveis a qualquer momento? Pensei, repensei, com lógica e subjetividade. E não cheguei a resposta alguma. Talvez eu realmente não seja nada perto deles todos e essa é a pior parte. O momento em que eu concluo que nada de interessante eu tenho comparado aos amigos e amiguinhas dele, mas mesmo assim ele me escolhe vezenquando pra passar a tarde e gastar o tempo, pra passear pelas redondezas um tanto quanto perigosas da minha casa e ainda pedir pra conduzir meu cachorro que já passou da semana de tomar banho. São encaminhadas a mim as ligações dele e que por sinal eu nunca atendo, muitas vezes, é claro, por não ouvir mas muitas também, admito, por não estar afim de atender, achando que o problema da noite - mesmo ele dizendo poder ser útil nessas horas - ele não é capaz de resolver por seus discursos clichês de consolação. O que eu deveria saber é que mesmo clichês são os discursos constantemente oferecidos, a companhia dele é aquela que não exige que eu esteja bem vestida, magra, maquiada e com os cabelos bem escovados e reluzentes como os de suas amigas. É o apoio dele que recebo naquilo que nem eu mesma sei se vou conseguir cumprir. Eu exijo leitura, cabelo, entonações e mais uma série de coisas de alguém que nunca me pediu sequer atenção. E mesmo assim, independente de tudo isso e sem observar se há reciprocidade ou não, ele está aí pra mim. Foi inexatamente há menos de uma hora que fiquei ciente de tudo isso. Foi então que a ficha caiu. Enquanto eu andava no clima da despaixão ele estava conseguindo superá-la. Por que não tentar superar também? Há um bom motivo para isso. Se eu fizesse o mesmo questionamento sobre ele em relação às pessoas que eu conheço, a resposta seria totalmente contrária. Ele é muito mais do que toda essa gente efêmera que se preocupa com suas roupinhas caras e festas e bebidas e as outras porcarias fúteis. Ele, com toda a sinceridade, pronuncia com a maior doçura que gosta de mim ao invés de dizer que me ama. Engraçado, inteligente e com um valor muito maior do que aquele ao qual eu o associava. O menino dos beagles ganhou minha confiança e passou à frente do idiota de moicano e óculos, do musculoso do colegial e de todo o resto que me chama a atenção e tornou-se o da vez. Porque a gente precisa dar chances a quem merece e é exatamente o que eu vou fazer a partir de agora, antes que ele perceba que eu talvez não seja merecedora de tanto.
domingo, 9 de setembro de 2012
Dos repentes que dão e eu mando arquivar
Dando uma geral nos meus rascunhos olha o que eu achei por aqui!
"Resolvi vir aqui porque me deu uma vontade imensa de retratar algo que torna a vida meio falsa. Hoje entrei no Messenger e meu irmão caçula puxou assunto comigo. Por mais que eu possa admitir que não houve nenhum sinal de carinho entre nós - como quase nunca houve - aquilo não me soava como normal. Não entendia, não parecia que eu já havia morado com ele e dormido no mesmo quarto com o pestinha por tantos e tantos anos. Me parecia algo tão superficial o fato de ele dizer "maninha" e perguntar como as coisas estavam indo. E eu parei pra pensar como eu havia fragilizado meus laços durante todos esses anos; meus amigos, conhecidos que poderiam ter virado amigos, e amigos que poderiam ter se tornado amigos de verdade. Eu pensei que onde e como eu me encontrava naquele exato momento, se dava pela minha teimosa mania que construir e fingir fortalecer uma amizade pelo computador. Esse equipamento desgraçado encurta distâncias e amizades também. Esse equipamento capaz de nos proporcionar tantas informações mas inútil quanto aos sentimentos. Uma palavra pode significar muito mas mesmo que verdadeira, parece que enfraquece ao ser lida ao invés de escutada. Não trocaria meus velhos tempos de adolescente por nada nesse mundo mas confesso que invejo a época de meus pais onde eles não abominavam uma saída a qualquer lugar para ficar horas e horas "sem fio", se é que me entendem. Hoje em dia olho pra trás e imagino quantas pessoas poderiam estar comigo de verdade ao invés de um simples depoimento.
Pois bem. Eu ainda não saí de casa, ainda vivo com meu insuportável irmão, ainda não saí de meus tempos de adolescente e adoro passar o dia no computador. Mas morro de medo de que tudo isso seja algo tão falso na minha vida e na vida de todo mundo. Morro de medo de imaginar que essas palavras lidas não sejam nada mais do que mentiras, sentimentos precipitados que poderiam se concretizar com uma simples conversa cara a cara, decifrar olhares e ajudar alguém com uma simples companhia - de verdade. É preciso sair, rir de verdade, dar a mão, um abraço apertado, sentir o calor do outro e ter um amigo ao vivo e a cores. Amo, com todo o sentido da palavra, meus amigos que me fazem rir mesmo sem ver na madrugada, me mandam depoimentos com frases carinhosas, mas sou extremamente apaixonadas por aqueles que dividem comigo o dia, o tédio, o lanche, a dor, o veneno e a piada, porque esses sim por mais que eu me afaste um dia por qualquer circunstância, eu posso encher a boca e dizer que o tempo que passei com este amigo pude usufruir de seu calor, de toda a sua bondade e maldade e todo o resto que ele pôde me proporcionar durante o tempo em que estivemos juntos."
"Resolvi vir aqui porque me deu uma vontade imensa de retratar algo que torna a vida meio falsa. Hoje entrei no Messenger e meu irmão caçula puxou assunto comigo. Por mais que eu possa admitir que não houve nenhum sinal de carinho entre nós - como quase nunca houve - aquilo não me soava como normal. Não entendia, não parecia que eu já havia morado com ele e dormido no mesmo quarto com o pestinha por tantos e tantos anos. Me parecia algo tão superficial o fato de ele dizer "maninha" e perguntar como as coisas estavam indo. E eu parei pra pensar como eu havia fragilizado meus laços durante todos esses anos; meus amigos, conhecidos que poderiam ter virado amigos, e amigos que poderiam ter se tornado amigos de verdade. Eu pensei que onde e como eu me encontrava naquele exato momento, se dava pela minha teimosa mania que construir e fingir fortalecer uma amizade pelo computador. Esse equipamento desgraçado encurta distâncias e amizades também. Esse equipamento capaz de nos proporcionar tantas informações mas inútil quanto aos sentimentos. Uma palavra pode significar muito mas mesmo que verdadeira, parece que enfraquece ao ser lida ao invés de escutada. Não trocaria meus velhos tempos de adolescente por nada nesse mundo mas confesso que invejo a época de meus pais onde eles não abominavam uma saída a qualquer lugar para ficar horas e horas "sem fio", se é que me entendem. Hoje em dia olho pra trás e imagino quantas pessoas poderiam estar comigo de verdade ao invés de um simples depoimento.
Pois bem. Eu ainda não saí de casa, ainda vivo com meu insuportável irmão, ainda não saí de meus tempos de adolescente e adoro passar o dia no computador. Mas morro de medo de que tudo isso seja algo tão falso na minha vida e na vida de todo mundo. Morro de medo de imaginar que essas palavras lidas não sejam nada mais do que mentiras, sentimentos precipitados que poderiam se concretizar com uma simples conversa cara a cara, decifrar olhares e ajudar alguém com uma simples companhia - de verdade. É preciso sair, rir de verdade, dar a mão, um abraço apertado, sentir o calor do outro e ter um amigo ao vivo e a cores. Amo, com todo o sentido da palavra, meus amigos que me fazem rir mesmo sem ver na madrugada, me mandam depoimentos com frases carinhosas, mas sou extremamente apaixonadas por aqueles que dividem comigo o dia, o tédio, o lanche, a dor, o veneno e a piada, porque esses sim por mais que eu me afaste um dia por qualquer circunstância, eu posso encher a boca e dizer que o tempo que passei com este amigo pude usufruir de seu calor, de toda a sua bondade e maldade e todo o resto que ele pôde me proporcionar durante o tempo em que estivemos juntos."
sábado, 8 de setembro de 2012
Despaixão
"Eu aprendi que a alegria
de quem está apaixonado
é como a falsa euforia
de um gol anulado."
Acho que tô vivendo o clima da despaixão. Achei meio insano tal idéia vir na minha cabeça em uma interessante aula de matemática em pleno sábado à tarde, mas resolvi pesquisar a fim de saber se a palavra existia mesmo. E não é que existia? "Despaixão ou desapaixonamento é a libertação das paixões, dos desejos e ambições que obscurecem e modificam a mente do ser humano." Simples e nada do que eu não já imaginasse que fosse. Confirmei minha tese e resolvi pôr no papel pra organizar os fatos. A despaixão pra mim é um conceito totalmente fácil de compreender e basta saber o que significa seu antônimo. Paixão. Sentimento de euforia no princípio de um relacionamento. Geralmente amoroso, mas também é possível se apaixonar por um amigo, uma música, um filme e etc. Se não for muita ousadia minha, talvez a paixão seja a Belle Époque do coração. Tomemos como exemplo um relacionamento amoroso. Tudo é muito bonito na pessoa alheia. Seus olhos, o sorriso, o jeito de andar, uma atitude nobre e até mesmo aquele defeito que também é bonito escondido no meio de tantas características nobres. Ao escutar uma música ou lembrar de uma situação na companhia da pessoa, é inevitável não se pegar sorrindo à toa. É fato, o novo sempre será surpreendentemente incrível. Depois de entender a paixão, a despaixão fica estupidamente compreensível. No entanto, enfrentá-la carece de muita habilidade. Despaixão é o momento em que você já viu tudo ou quase tudo de alguém, que com qualidades ele tem ótimos defeitos. O jeito de andar torna-se estranho, a risada não é mais a mesma e as brincadeirinhas estão cansando. O privilégio que era encontrá-lo no fim da tarde acaba tornando-se parte da rotina e os outros não mais se surpreendem de vê-los juntos. Em suma, um relacionamento clímax perde toda a graça, a novidade, a paixão do princípio. Mas é aí que muitos se enganam. É aí que todo mundo tropeça e não levanta, é aí que se larga a mão do outro e não se retorna. A despaixão é uma prova, um teste. Um filtro que seleciona quem é capaz de manter o sentimento depois de observar microscopicamente cada defeito do outro, a dor alheia, as falhas e os tropeços. E isso sempre elimina mais de 50% dos apaixonados de antes, porque se apaixonar é muito fácil. É como uma névoa temporária que encobre o grotesco e nos permite o encantamento. Mas aí vai uma dica: superar a despaixão é um passo para alcançar o amor. Tempos atrás passei rápido na sala e vi a cena de um filme da qual nunca mais esqueci. "A gente se apaixona pela pessoa por suas qualidades e começa a amá-la por seus defeitos." Essa é uma das maiores verdades que existem. Amar tolera erros incessantes, falhas, decepções constantes. Porque amor nunca foi sinônimo de paixão, quem sabe seja um hiperônimo dela. Mas o que fazer para conseguir superar esse período de transe? Só há uma única saída: esperar. Paciência é tudo. Paciência com tudo o que vier nesse momento e não parecer tão agradável aos teus olhos. Quer uma ajuda? Pense que você também possui defeitos e a superação deles pelos outros também é uma grande dificuldade. Respeito mútuo sempre foi o mínimo a se ter por alguém. Despaixão tem dois caminhos, largá-la ou continuar. Desistir é partir pro respeito, continuar é dizer sim ao amor. Ah, o amor. As linhas imperfeitas do rosto e o defeito mais cruel serão embaçados por uma névoa permanente. Uma velha paixão como um amor novinho em folha é bom aproveitar. Porque nunca ouvi também falar na palavra desamor, mas também nem quis pesquisar pra saber se existia.
De alguém desapaixonado(a) esperando ser surpreendido(a),
Anônimo
de quem está apaixonado
é como a falsa euforia
de um gol anulado."
Acho que tô vivendo o clima da despaixão. Achei meio insano tal idéia vir na minha cabeça em uma interessante aula de matemática em pleno sábado à tarde, mas resolvi pesquisar a fim de saber se a palavra existia mesmo. E não é que existia? "Despaixão ou desapaixonamento é a libertação das paixões, dos desejos e ambições que obscurecem e modificam a mente do ser humano." Simples e nada do que eu não já imaginasse que fosse. Confirmei minha tese e resolvi pôr no papel pra organizar os fatos. A despaixão pra mim é um conceito totalmente fácil de compreender e basta saber o que significa seu antônimo. Paixão. Sentimento de euforia no princípio de um relacionamento. Geralmente amoroso, mas também é possível se apaixonar por um amigo, uma música, um filme e etc. Se não for muita ousadia minha, talvez a paixão seja a Belle Époque do coração. Tomemos como exemplo um relacionamento amoroso. Tudo é muito bonito na pessoa alheia. Seus olhos, o sorriso, o jeito de andar, uma atitude nobre e até mesmo aquele defeito que também é bonito escondido no meio de tantas características nobres. Ao escutar uma música ou lembrar de uma situação na companhia da pessoa, é inevitável não se pegar sorrindo à toa. É fato, o novo sempre será surpreendentemente incrível. Depois de entender a paixão, a despaixão fica estupidamente compreensível. No entanto, enfrentá-la carece de muita habilidade. Despaixão é o momento em que você já viu tudo ou quase tudo de alguém, que com qualidades ele tem ótimos defeitos. O jeito de andar torna-se estranho, a risada não é mais a mesma e as brincadeirinhas estão cansando. O privilégio que era encontrá-lo no fim da tarde acaba tornando-se parte da rotina e os outros não mais se surpreendem de vê-los juntos. Em suma, um relacionamento clímax perde toda a graça, a novidade, a paixão do princípio. Mas é aí que muitos se enganam. É aí que todo mundo tropeça e não levanta, é aí que se larga a mão do outro e não se retorna. A despaixão é uma prova, um teste. Um filtro que seleciona quem é capaz de manter o sentimento depois de observar microscopicamente cada defeito do outro, a dor alheia, as falhas e os tropeços. E isso sempre elimina mais de 50% dos apaixonados de antes, porque se apaixonar é muito fácil. É como uma névoa temporária que encobre o grotesco e nos permite o encantamento. Mas aí vai uma dica: superar a despaixão é um passo para alcançar o amor. Tempos atrás passei rápido na sala e vi a cena de um filme da qual nunca mais esqueci. "A gente se apaixona pela pessoa por suas qualidades e começa a amá-la por seus defeitos." Essa é uma das maiores verdades que existem. Amar tolera erros incessantes, falhas, decepções constantes. Porque amor nunca foi sinônimo de paixão, quem sabe seja um hiperônimo dela. Mas o que fazer para conseguir superar esse período de transe? Só há uma única saída: esperar. Paciência é tudo. Paciência com tudo o que vier nesse momento e não parecer tão agradável aos teus olhos. Quer uma ajuda? Pense que você também possui defeitos e a superação deles pelos outros também é uma grande dificuldade. Respeito mútuo sempre foi o mínimo a se ter por alguém. Despaixão tem dois caminhos, largá-la ou continuar. Desistir é partir pro respeito, continuar é dizer sim ao amor. Ah, o amor. As linhas imperfeitas do rosto e o defeito mais cruel serão embaçados por uma névoa permanente. Uma velha paixão como um amor novinho em folha é bom aproveitar. Porque nunca ouvi também falar na palavra desamor, mas também nem quis pesquisar pra saber se existia.
De alguém desapaixonado(a) esperando ser surpreendido(a),
Anônimo
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Sexta feira 13
Depois de uma longa ligação que atravessou o dia 12 para a sexta resolvi dormir. Acordei assustada com a amiga que logo depois da hora do almoço aparecera em minha casa, me intimando a acompanhá-la num compromisso por não conhecer muito bem as ruas da cidade. Daí veio a preguiça. Lembrei-me da ida à casa de outra amiga, programinha pijamífero feminino adolescente, desculpa esfarrapada e sem vergonha para por as fofocas em dia. Praguejei baixinho por duas coisas precisarem ser feitas num mesmo dia, mas agilizei para cumprir com ambas. Como resposta caiu aquela chuva, o que motivou bastante só que ao contrário. "Sexta feira 13 dando as caras" disse minha amiga, e concordei. Não que as superstições sejam influentes em minhas atividades, mas se tratando de uma vida pra lá de azarenta é de considerar quando ainda é acrescentável essas crenças negativas. Com muita preguiça, lá fui acompanhar a tal amiga em seu exercício vespertino. O que foi bem turbulento com chuviscos, velhos mendigos loucos e muita confusão com o local de destino. Estresse. Cansaço. A volta pra casa, uma ligação ao melhor amigo. Aquela vontade de deitar na cama dele sem pensar em nada e escutar as músicas interessantes do seu itunes bem organizado. Mas agora ele só vive curtindo os amigos do irmão. Tédio. Ligação para duas ou três amigas. Caixa postal. Ocupado. É a tia falando. Um momento para se entreter. Umas descobertas nem um pouco surpreendentes sobre o que se queria que fosse visto de um jeito mas não. De quem tanto ficava contente conversando madrugada anterior. O melhor amigo chega, um pé no saco. O capítulo do livro, monótono. Incrível como meus períodos literários acompanham meu humor. Ficar em casa nem pensar, o pai resolveu irritar essa semana. A amiga da hora do almoço com compromisso cedo para o sábado. E o menino dos beagles logo na casa de cima, nenhum oi sequer. Mais tédio. Sem opções, hora de voltar para casa. Finalmente uma amiga resolve atender a porcaria do celular. Conversa curta, como se ali falassem pessoas que mal se conheciam. Avisos dados por tabela, poucas notícias contadas por cima de muitos acontecimentos recentes. Fazendo a linha de falar só o necessário porque contando em detalhes a conversa fica chata. Uma simples idéia de desligar com a desculpa de sono, é, a ligação não foi tão agradável como se esperava, na verdade nem de longe foi. Uma olhada na vida alheia e algumas lamentações por não ter ido à comemoração de ingresso de um velho amigo a universidade e curso invejáveis. "Metade da gente chata que eu achava que eu teria que aturar não foi" pensei. E por ter deixado de comparecer comprei briga mais uma vez com o velho amigo de novo estilo por parecer não fazer questão e ainda deixei de ver uma grande saudade. Que acomodada sou. Agora deito em minha cama, tento ler mas definitivamente hoje não é dia de leitura. Choro um pouco, e posiciono o travesseiro grande de modo que ele pareça um amigo me acolhendo. E eu me encolhendo... Simples assim chorar sozinha no quarto e nem ousar ligar para alguém por medo de acordar e assustar o irmão que dorme logo ao lado. E também por pensar que desse jeito sempre é melhor, não concretiza muito a tristeza e ela vai logo embora de manhã cedo, feito mulher perfeita para a macharada. Pensei nos muros imensos que venho construindo entre eu e algumas pessoas, por culpa minha, por culpa delas, por culpa da vida mesmo e seus engraçados e inacreditáveis desencontros. Por minha irremediável preguiça de viver. "E é daqui pra pior" refleti como se já não houvesse dito mais cedo à amiga estressada por um vestibular sem cobranças. Quantos poucos farelos restaram, que dão pra um bom bocado muitas vezes, mas que ainda teimo lamentar pelos pedaços que de mim se distanciam conforme os dias passam. "To desgostosa da vida hoje" consegui responder ao menino dos beagles quando ele resolveu se lembrar de minha existência. E de um jeito bem alegre, o qual ainda não havia percebido sua constância, prestou apoio e recusei. Na verdade nem respondi. "Não, muito obrigada, tudo bem". Ele é tão envolvidinho com as coisas que resolvi que ele não merecia meu desgosto, estresse, tédio, seja lá o que for. Ou talvez fosse preguiça de explicar um punhado de coisas e complicações. Agora já são 3h32 dum sábado 14 mas concluí que esse ano inteiro vai ser uma completa e tremenda sexta feira 13. Bem do jeito que eu achava que não seria. E enrolei bastante só pra dizer isso mesmo. Ando sem sono e a preguiça passou.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Para toda dor um antídoto
Mês passado eu passei no som a música que tanto lembra você. Não foi a primeira vez que isso aconteceu. A princípio pensei ser um medo dessas solidões repentinas que a gente sente, de achar que não se tem ninguém para ligar desesperado e esse alguém te ouvir sem bocejar, de um problema que feito imã traz tantos outros efêmeros à tona. Medo de falta de amor próprio, quase uma sacanagem consigo por ferir-se tanto e por vontade própria, uma lembrança inútil que se guarda por prazer, uma espécie eufêmica de masoquismo. Considerei essas duas hipóteses até ouvir aquela outra música, aquela que por primeiro selecionava na playlist após a euforia de quando falávamos, cruzávamos, fitávamos. Um olhar compreensivo que conhece tanto, uma lembrança boa, uma piada antiga etc. E eu também passei. Não tinha nada para ser eufórico naquele momento, pensei. Nada para ser eufórico há muito tempo. A respeito de você, claro. Aliás, tenho tido muitas euforias esses tempos. Comemorações enormes por alcances pequenos: um resultado de exame bem sucedido, uma reconciliação, uma noite divertida. Foi aí que vi que minha vida podia ser eufórica sem te ter por perto. Quando foi que consegui essa proeza? Eis que então juntei as duas coisas. Porque eu não preciso de você, baby, e também não preciso de mais nada. Eu preciso de saúde, daí em diante me viro. E reviro. E me refaço, desfaço, despedaço, em pedaços, sem pedaços.
Semana passada joguei dominó com meu irmão. Faltava uma peça, e mesmo assim jogamos. Certa hora foi complicado porque o jogo simplesmente emperrou, aquela peça precisava estar ali para dar continuação. Mas é aí que vem a surpresa: uma simples mexida numa peça de um lado ao outro e tudo se resolveu. Assim que se faz com vida. Vocês dramatizando tudo e eu descomplicando quase, assimilando metade a um jogo besta. E quer saber? To nem aí. Não faz dor assim.
E mais. É sempre amor mesmo que mude. Mesmo que mude de amor. Porque demorei tanto a interpretar dessa forma? Eu ri. Amor é sentimento, sentir é atividade, atividade é atitude e atitudes não se fazem eternamente. Entendeu? Eu sei que não. Bem... Você odeia uma pessoa, sente apatia, sei lá. Até que a conhece. E vê que estava enganado, pronto passou. Dá pra compreender como funciona? Vou dar mais dois exemplos. Você briga com seu namorado. Sai bufando do apartamento dele por ele ser tão egocêntrico e você tão doadora de si. Sente ódio, não quer vê-lo nem pintado de ouro. Aí ele aparece com flores. E você se derrete. Passou, passou, você está encantada por ele de novo. Outra. Uma dor de cabeça. Insuportável daquelas que se sente. Aí toma um remédio e vejamos, passou, passou. Se você não entendeu tá apaixonado(a).
Um dia já morri de medo de te extrair de dentro de mim e não ter nada pra reparar. Mas percebi que mesmo dentro de mim você cavava vazios cada vez mais profundos que um belo dia resolvi parar de me preocupar em tapá-los. Resolvi pesquisar músicas pra narrar a noite passada com o menino de óculos e moicano, que realmente não era o da vez mas fazia um bem danado. Decidi usar o anel que o menino do colegial me deu. Até tentei tirar a foto de um beagle só pra mostrar pro menino convencido com quem tenho conversado ultimamente. E hoje em dia tenho preferido músicas que me lembram sentimentos novos. Eu pensei que o seu pudesse ser eterno, mas sentimentos não são eternos, se assim é mais fácil de te explicar. Típico de Poliana, não ando triste por ter descoberto um fim, mas fico feliz por ter durado. Vá, benzinho, dar um pouco desse brilho no olhar pra outro alguém. Simplesmente vá. Vá atrás do seu ainda impossível, também torço muito por você, esqueci de lhe dizer na última mensagem que não me deixou eufórica.
Somos todos feitos de sentidos. Sensibilidade total, rigidez apenas quando a primeira se esgota. Nem triste fico mais por escutar as tais músicas e não sentir vontade de dar uma passada aí só pra dizer um oi. Eu já senti amor, hoje é um afeto aguçado. Algo que podia ter sido mas de modo interrompido deixou saudade. E se não existissem essas interrupções acho que nem teriam todos esses tremores, pudores, temores e dores. Teve graça e ela não se perdeu, é que as outras coisas de fora também foram ganhando doçura, sabe? Levo tombos enormes e acho o máximo perder de vez em quando. Faço gosto em correr riscos e perseguir incertezas. Não lamento nada. Até sorrio pela infelicidade de antes, levantar duma queda é glorificante, devo agradecimentos às poucas e boas mãos que logo ali estão para me erguer. E pensar que já doeu tanto... Não sei explicar o que aconteceu. Tento definir com um único conforto: "Passou, passou."
Semana passada joguei dominó com meu irmão. Faltava uma peça, e mesmo assim jogamos. Certa hora foi complicado porque o jogo simplesmente emperrou, aquela peça precisava estar ali para dar continuação. Mas é aí que vem a surpresa: uma simples mexida numa peça de um lado ao outro e tudo se resolveu. Assim que se faz com vida. Vocês dramatizando tudo e eu descomplicando quase, assimilando metade a um jogo besta. E quer saber? To nem aí. Não faz dor assim.
E mais. É sempre amor mesmo que mude. Mesmo que mude de amor. Porque demorei tanto a interpretar dessa forma? Eu ri. Amor é sentimento, sentir é atividade, atividade é atitude e atitudes não se fazem eternamente. Entendeu? Eu sei que não. Bem... Você odeia uma pessoa, sente apatia, sei lá. Até que a conhece. E vê que estava enganado, pronto passou. Dá pra compreender como funciona? Vou dar mais dois exemplos. Você briga com seu namorado. Sai bufando do apartamento dele por ele ser tão egocêntrico e você tão doadora de si. Sente ódio, não quer vê-lo nem pintado de ouro. Aí ele aparece com flores. E você se derrete. Passou, passou, você está encantada por ele de novo. Outra. Uma dor de cabeça. Insuportável daquelas que se sente. Aí toma um remédio e vejamos, passou, passou. Se você não entendeu tá apaixonado(a).
Um dia já morri de medo de te extrair de dentro de mim e não ter nada pra reparar. Mas percebi que mesmo dentro de mim você cavava vazios cada vez mais profundos que um belo dia resolvi parar de me preocupar em tapá-los. Resolvi pesquisar músicas pra narrar a noite passada com o menino de óculos e moicano, que realmente não era o da vez mas fazia um bem danado. Decidi usar o anel que o menino do colegial me deu. Até tentei tirar a foto de um beagle só pra mostrar pro menino convencido com quem tenho conversado ultimamente. E hoje em dia tenho preferido músicas que me lembram sentimentos novos. Eu pensei que o seu pudesse ser eterno, mas sentimentos não são eternos, se assim é mais fácil de te explicar. Típico de Poliana, não ando triste por ter descoberto um fim, mas fico feliz por ter durado. Vá, benzinho, dar um pouco desse brilho no olhar pra outro alguém. Simplesmente vá. Vá atrás do seu ainda impossível, também torço muito por você, esqueci de lhe dizer na última mensagem que não me deixou eufórica.
Somos todos feitos de sentidos. Sensibilidade total, rigidez apenas quando a primeira se esgota. Nem triste fico mais por escutar as tais músicas e não sentir vontade de dar uma passada aí só pra dizer um oi. Eu já senti amor, hoje é um afeto aguçado. Algo que podia ter sido mas de modo interrompido deixou saudade. E se não existissem essas interrupções acho que nem teriam todos esses tremores, pudores, temores e dores. Teve graça e ela não se perdeu, é que as outras coisas de fora também foram ganhando doçura, sabe? Levo tombos enormes e acho o máximo perder de vez em quando. Faço gosto em correr riscos e perseguir incertezas. Não lamento nada. Até sorrio pela infelicidade de antes, levantar duma queda é glorificante, devo agradecimentos às poucas e boas mãos que logo ali estão para me erguer. E pensar que já doeu tanto... Não sei explicar o que aconteceu. Tento definir com um único conforto: "Passou, passou."
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