Não tenho paciência pra pensar. Não tenho paciência pra quase nada. Odeio tédio. Odeio ficar sozinha. Mas ficar sozinha, sem nada pra fazer e de cabeça quente é a melhor coisa pra aliviar alguma dor. Esquecer a tristeza com qualquer sentimento ruim por menos que seja e mesmo que não se compare com algum sentimento bom é até..bom.
Você pensa na vida. Pensa no que vem fazendo. E pensa no que será que ele deve estar fazendo? E você pensa: tudo menos em mim. E lá vem a tristeza de novo...
2 Rubrica: psicopatologia. compulsão para falar, loquacidade exagerada que se nota em determinados casos de neurose e psicose, como se o paciente, assim, quisesse dar vazão ao grande número de idéias que passam por sua cabeça; logomania.
domingo, 12 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Babaca.

Meu não mais querido babaca,
Eu te amei enquanto aguentei. Eu sei você pode me chamar de otária. Eu sei, você não me pediu para esperar. Mas fique sabendo que eu esperei porque quis. Hoje desisto porque não aguento e não quero mais isso para mim. Simplesmente fiquei com náuseas de sentimentos sem reply. Eu sei que não sou a menina mais bonita da cidade e nem uma das mais bonitas, mas eu sou muito pra você. É isso aí. Porque cá entre nós você também não se encaixa no top 10 dos garotos e vejamos aí por dentro, hm o que tempos para aproveitar? Quase nada. O que sobra não dá nem para meia personalidade, zé mané. Pode ficar com sua sonsa descabelada com pensamentos sem fundamento algum que eu também tenho pena dela. E a culpa não é dela, nem daquela que fez perfurar minha cabeça e meu coração e nem daquela que você quase matou. A culpa é toda sua. E eu não vou me prezar em fazer porra de despedida alguma pra você porque definitivamente você não merece nada. Você não merece nenhuma lágrima que ousou e se fez cair em meu rosto. Eu neste exato momento estou vomitando tudo o que tem de seu aqui, tentando expelir o máximo de vestígios que possas ter deixado. Eu me enojei, enjoei e me engajei a te arrancar de onde estivesses em mim e assino um acordo comigo mesma que dessa vez vai funcionar.
Desculpem-me por textos tão pessoais, mas não consigo deixar de escrever o que sinto (que não é nem metade o que acabou de ler)
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Morte de um corpo que já era morto

É comum em vésperas de ano novo os meios de comunicação ficarem naquela expectativa para o ano seguinte. "Faltam 2 dias para 2011" "Falta exatamente 1 hora, 45 minutos e 39 segundos para 2011", qualquer coisa do tipo. Era mais comum ainda ela não contar os dias e eles passarem despercebidos em sua rotina. Nada de ocupada, desleixada, eles só não tinham tanta importância.
Em um dia tecnicamente ensolarado, ela acordou tecnicamente cedo e ao tomar seu banho tecnicamente saudável ela escutava o rádio ligado avisando "Neste último dia do ano você ainda pode ser feliz". Até hoje ainda não se detectou qual região do sistema de audição até o córtex cerebral falhou ao captar o som "último dia do ano" e transformou para "último dia de sua vida" dentro desta moça. Foi o suficiente para quem não sabia o que era ser feliz há muito tempo repensar em muitas e confiar na mensagem do rádio que realmente, ela poderia ser feliz. Saiu rapidamente e se arrumou com uma rapidez nunca vista por um homem. Deu um abraço apertado na mãe e no pai, deu um puxão de cabelo no caçula e fez um cafuné no cachorro. Foi até a cidade vizinha falar com os avós, depois almoçou mais de 1kg de purê com o primo que mais gostava que não entendeu nada, e conversou com aquela prima que nunca mais conversara. Falou com os ex-amigos de escola, saltou de pára-quedas, bungee jump, chegou tarde para o asa delta, mas o instrutor sentiu a necessidade que a praticante tinha em fazer aquilo naquele exato momento. Foi ao shopping e mesmo que parecesse sem sentido, comprou todas as roupas que achava bonita na vitrine. Lá encontrou umas amigas, e no estacionamento daquele estabelecimento, algo não a deixou tirar do meio da rota e foi atropelada por um Tucson 2011 prateado, lembro-me bem da cara do motorista desesperado tentando explicar que a culpa não havia sido dele, que em uma curva ele precisava de velocidade e fez questão de nos levar ao hospital para os cuidados.
Mandou chamar todos que não tinha visto naquele dia 31, incluindo aquele do qual não digo o nome porque eu mesma não o suporto me referir. Chamou todos como se fosse ma urgência ou até uma despedida e eu não entendia nada. Ela sabia que doeria, mas precisava vê-lo naquele exato momento como se tudo fosse acabar e ela precisasse do último olhar. Os ferimentos nem tinham sido tão graves, mas alguma coisa me dizia que a fraqueza de seu corpo é que era o problema. Parecia que mais qualquer coisa que a machucasse ela não aguentaria, e não aguentou. E ele não foi. E eu não precisava saber daquela repetida história de sempre que mesmo sem merecer, o coração dela sempre foi dele. Sim, ela o amava, com todas as partículas do corpo e artérias e músculos que se contraíam em frequências totalmente diferentes quando o via, fazendo seu corpo tremer por inteiro só de saber que ele era uma parte exilada dela e que permaneceria assim pra sempre. Sim, ela o amou todos os dias de sua vida, até nos que ela sentiu ódio de si por ser tão idiota para ele, ela lembrava dele nem que fosse por 1 segundo. E ela sabia que com ele era totalmente o contrário, mas também sabia que amar às vezes era assim mesmo.
Pode ser que seja verdade essa história de que a essência da pessoa junto com seus sentimentos mais nobres permaneçam em sua alma e vão com ela aonde for. Então pode ser que seja verdade também que onde quer que ela esteja, ela ainda o ama com toda sua força.
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cansei das pessoas. E acho que elas também cansaram de mim. Das minhas piadas, das minhas histórias, dos meus sentimentos e de tudo que acontece comigo. Aqueles que me escutavam se cansaram e aqueles que não ouviam continuam não ouvindo. Me sinto cada dia mais sozinha e vejo que isso se trata de algo irreversível, e algo mútuo, do tipo, eles não se importam comigo e eu como retribuição também não deveria me importar, pelo menos. Mas nem sempre é assim e eu me sinto uma idiota com o nada que eu sou ou pareço ser para elas.
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domingo, 5 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Apenas mais uma de amor

Querido Sentimento Amor,
As pessoas já cansaram de me falar, de me brigar, de dizer que não é bem assim, que acabou, que não tem mais volta, mas eu não me canso. Afinal, há tantas diferenças entre uma pessoa e outra. Ou entre 6 bilhões e uma. O que eu realmente me pergunto é se o fato das pessoas terem desistido de me convencer que algo não tem mais volta me faz alguém teimosa ou esperançosa?
Eu queria muito que as coisas fossem relativamente simples, que por merecimento a gente conquistasse o que a gente tanto luta para alcançar. Diferentemente de todo o resto do mundo eu continuo acreditando que um dia eu possa sim conseguir tudo o que desejo, o que planejo e o que almejo. Um beijo. Um "eu te amo". Um sorriso qualquer. Aquela presença que fez tanta falta, aquelas brincadeiras sem o mínimo de graça e aquele brilho nos olhos que fazem tanto brilhar os meus...pelo menos fizeram. Hoje em dia pode se dizer que os enxaguam muito e que me dói tanto não a forma como tudo mudou, mas o que não existe mais. Aquele nada de nada sem nada mesmo. 0, conjunto vazio, nothing, nobody, nem vácuo. E eu fui também. Por tanto tempo fiquei ali, estagnada, esperando uma reação, um movimento e esperei, meu bem como esperei. Agora...o que restou?
Tá bom, continuo esperando, não há pra onde correr e deixar de esperar. Mas eu não queria estar nessa situação e não sabes como me dói viver assim, sabendo que o tempo corre em um sentido que não me tem como referência. Peço encarecidamente, pelo poder que em ti é tão depositado que me ajude nesta caminhada, porque não tá fácil não. Que meus entes queridos não estejam certos por uma única vez na vida quanto a mim e que o fato de todos estarem desistindo não seja um alerta para eu desistir também. Preciso de sinais. Diretos dessa vez por favor. Cansei daqueles de dupla interpretação que nunca consigo explicar para ninguém. Me resta confiar em ti, fiel escudeiro. Como recompensa, nomearei alguém com teu nome.
p.s.: (e que seja aquele)
Sei que não me decepcionarás.
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