"(...) Eu não faço a menor idéia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um chato. Mas você é homem, você segura o tranco da vida. E talvez seja só por isso que eu ainda te agüente: você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo."
Eu tentei fugir de algo que não posso fugir. Do amor. Não digo do amor à família aos amigos, ao cachorro e a todo o resto que se gosta, mas sim "aquele" amor. Aquele amor que você suspira e pelo qual você acorda todos os dias com a esperança de que aconteça algo diferente, que ele ligue, que ele volte.
Que ele venha nem que seja só pra dizer "oi, como tem passado?" e fazer as mesmas palhaçadas de sempre, que você nem sabe se é engraçado ou se ri só por ter vindo dele. É incrível a facilidade que ele tem de me arrancar um sorriso assim como tem de me fazer chorar sem nem saber. E morrer chorando. E dormir chorando. E nem conseguir lembrar a hora que dormiu por ter chorado tanto. Só ele tem esse poder.
Só ele tem essa cara de pilantra, aquela cara que eu odeio, aquele jeito que se qualquer outra pessoa fizesse eu com certeza acharia patético, sem lembrar que ele é o rei dos patetas. Só ele tem o poder de marcar músicas, de me fazer lembrar coisas que aconteceram há anos e que certamente não lembraria se fosse outra pessoa. Se fosse outra pessoa, nem sentiria tudo isso.
Eu amo esse teu humor sarcárstico, amo essa tua falsidade pra certas coisas (menos pra mim) esse jeito menino moleque que poucos moleques têm. Tens tudo o que um menino precisa, tudo o que eu acho que eles precisem. Tudo o que eu preciso!
Sinceramente, eu tenho amor à vida. A essa vida que eu tenho o privilégio de te amar, porque na verdade o que importa mesmo é isso. O que eu sinto. Não se você usa uma meia mais em cima do que a outra, se você tem mania de cantar músicas sem ter um timbre bom, de ficar falando de futebol, mesmo sendo um fracasso e preferindo a outro esporte..
É por isso que eu digo com a maior convicção de todas que é amor. Viva às pessoas que amam verdadeiramente! Amor incondicional, daqueles que pode acontecer o que for, continua sendo amor. E eu continuo aqui, vivendo e morrendo, caindo e levantando, mas ainda te amando. Porque é meio estranho, é meio piegas dizer que amo o amor que sinto por você. Mas depois desse amor..só você mesmo.
(...) pelo menos estou vivo, andando por aí, levando porrada, tentando amar
2 Rubrica: psicopatologia. compulsão para falar, loquacidade exagerada que se nota em determinados casos de neurose e psicose, como se o paciente, assim, quisesse dar vazão ao grande número de idéias que passam por sua cabeça; logomania.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Eu tava pensando em voltar a ser criança. Pensando em voltar não, porque não posso voltar no tempo. Mas como eu queria ainda ser criança. Não fazendo nada da vida, com a maior pureza do mundo, não se magoando e nem permitindo fazer do seu coração um boneco de fantoche. Eu adorava minha infância, lembro de cada mínimo detalhe do que eu fazia e do que eu era. Mas algumas coisas não mudam.
Pensando bem, por outro lado algo ainda iria permanecer, ou voltar à sua origem. Minha teimosia eterna, de saber que algo não é certo, que aquilo dói, que aquilo continua em sigilo, que aquilo é pra sempre. Como aqueles pedaços de morango que vêm no iogurte; mesmo eu sendo apaixonada por morangos e sabendo que aquilo são pedaços de morango no iogurte eu não consigo tomar aquilo com os malditos pedaços. E sempre acabo deixando de lado, apesar de minha mãe sempre falar pra eu jogar aquilo fora. É o meu amor, mesmo eu sabendo que é algo que eu não vivo sem, eu não consigo deixá-lo passar pela minha garganta, deixar aquilo ir embora e fingir que não foi nada. Deixo de lado (não que eu queira deixar!) só pra tentar viver um dia sequer, sorrindo e vivendo uma ilusão de que minha vida está às mil maravilhas de novo que nem o antepenúltimo semestre. E todos os meus amigos, todos que me vêem ainda com essa bendita teimosia me dizem pra jogar isso fora, deixar passar, curtir a vida e esquecer de algo tão insignificante. Mas não é insignificante, são pedaços de morango, e eu adoro pedaços de morango! Devo dizer, é amor, e sem amor ou sem essa droga de amor dele eu não consigo viver, eu não sou completa! Não tem como deixar passar, até porque nem quero. Ô teimosia...
Hoje minha mãe tava com um bebê no colo. Ele chegou triste, desanimado, mas foi só ver um balão verde que encontrou algo pra se entreter (como é bom ser criança, sempre encontrando diversão nas coisas mais simples possíveis). O balão verde tava pendurado por um fio prata que o ligava aos outros balões maiores. Quando cheguei, mamãe o carregava já em pé, balançando o balão que o fazia rir. Pude ver o brilho no olhar do bebê, achando tudo aquilo incrivelmente legal. Agora era a vez dele. Empurrava o balão e este ia pra lá e voltava bem próximo do rosto do bebê e ele ria, feito um bobo, por uma coisa que os adultos certamente nem prestariam atenção. Foi quando lá fui eu, arrancar o balão do fio e dá-lo pro 'baby' que já ia embora. "toma", disse. Não o vi mais rir, não o vi mais o brilho dos seus olhos, não vi mais nada. Minto, vi apenas uma grande indiferença em relação dele ter o balão livre em suas mãos ou pendurado no meio de outros balões. E no mesmo instante me lembrei de você. Não que isso seja algo surpreendente, porque uma hora ou outra do dia lembro de você. Uns minutos ou outros da hora eu lembro de você. Uns segundos ou outros milésimos deles eu lembro que você está vivo, e como, mas longe de mim, uma vida que depende da sua. E fiz a seguinte comparação: ainda consigo rir, ainda sinto meus olhos brilharem vendo você, apesar de tão distante, pendurado entre tantos e outras coisas. Mas acho que isso nem importa, e sim o que eu sinto. Todos os esforços que já fiz pra e por você, coisas que nunca irá saber...Porque o que o que você sente eu não sei, eu já achei muitas vezes que sabia, mas não sei, não sei nem se sente. Mas o que Eu sinto, eu sei, e como sei. É amor, sempre foi e vai continuar sendo, afinal é eterno. E essa é a beleza que isso tem na minha vida e na vida de todas as pessoas, algo tão sereno, tão puro que nos faz sentirmos como crianças novamente, tendo uma pureza intocável. E lá se vem a teimosia de todas as idades, de querer insistir em algo sem nexo, sem vontade alguma, simplesmente por isso ser essencial pra viver. E viver mesmo com isso distante, tão presente nesse coração que sempre vai pertencer a alguém. É gostar de viver nesse vai e volta e de viver esperando algo que parece que nunca volta de uma vez.
O fio nessa comparação toda é uma incógnita, ele pode ser a ponte que me leva até você. E talvez eu seja que nem o bebê, goste mais do que senti nessa ponte toda do que no final dela. Ou talvez eu seja o balão verde, e você todos os tipos de balões safados que me sustentam. E talvez eu goste de estar pendurada, mesmo alguém ou até eu mesma às vezes tentando me arrancar desse elo que nos une, eu não quero ser levada embora por alguém que nem ficou tão feliz por me ter só pra si. E quem disse que eu fiquei tão feliz assim?
Talvez eu queira continuar pendurada, esperando você e somente você pra me arrancar dali, e me leve pra sempre e nunca me solte, pra eu não me perder no ar. Ainda estou pendurada, vou continuar esperando, só não demore muito pra eu não murchar.
"Porque o que quase foi, não pode atrapalhar o que ainda pode ser."
domingo, 17 de janeiro de 2010

Fim de tarde. Voltando no trem com Sara. (E hoje estou com quem quero estar. Minha melhor amiga) Assuntos vêm e vão, assim como nossos problemas, tanto entre nós quanto individuais. Assunto do momento: Meninos. Não especificamente meninos, mas meninos, ficas, rolos, namoros e afins.
- Maria Clara, fala a verdade. Aqui, só entre nós duas. Com quantos meninos tu ficaste esse ano que passou?
- 2.
- Como assim 2? Dois de dois? Só dois mesmo?
- É Sara, por que estás perguntando isso agora? Foram só 2 mesmo..
- Cara, impossível isso, sério. Não aproveitaste nada desse ano que passou então.
- Qual o problema Sara? Fiquei com 2 meninos só e com muito orgulho!
- Tás dando alguma indireta pra mim? Porque se for..
- EI, tás falando muito alto, todo mundo tá olhando pra gente - interrompi.
- Com ele e com mais quem?
- Luís Felipe. Um menino do 4º ano. Foi só um fica mesmo, não passou disso.
- Mas parece que ninguém tem graça, que ninguém chega aos pés dele?
- Aham.
- É. É amor mesmo.
"Esse é o mal dos amadores. Sempre sofrendo, na maior parte do tempo. Só espero que o final seja justo.."
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Hoje eu acordei feliz. Acordei disposta a fazer tudo o que estava afim, diferente dos outros dias em que me convidam pra qualquer lugar que seja, mesmo que seja um lugar ótimo e que eu adore, ou qualquer outra coisa que eu goste, eu sempre fico com preguiça de fazer. Mas hoje foi diferente, porque acordei bem cedo, fui na casa da Julia, busquei ela pra irmos à casa da Lourraine. Apesar do pouco tempo que passamos lá, foi muito divertido porque estávamos juntas de novo. Apesar de tudo, das brigas, da distância, dos impedimentos, barreiras e afins, estávamos juntas de novo. Essa é a nossa lei: aconteça o que acontecer, estarmos juntas independente da situação. Afinal, temos uma à outra por isso. E essa é a única certeza que eu tenho. Vimos a chata da yana UHAUAHUAHAUHAUHAUAHUAH (we love u) e outros amigos nossos. Fizemos vídeos, cantamos, MATAMOS, gritamos, rimos, nos abraçamos e nos amamos. Enfim. Voltei pra casa bem tarde, na verdade não tão tarde, mas tarde sim comparado ao horário que falei que eu ia voltar. E suficiente pro papai me brigar. Afinal, eu tinha mentido pra ele que eu ia direto pra casa da Lourraine, quando tinha ido na casa da Julia primeiro pra bsuscar aquela muleca irresponsável que não é exemplo pra ninguém UHAUHAUAHA (i love you) me senti com a consciência pesada. Papai tava tão legal comigo esses tempos, COISA MUITO RARA. Mas tô adorando.. é que a mamãe não tá por aqui, então a gente tem se aproximado um pouco mais. Ele tá sendo tipo um 'pãe' pra gente. Você quer pães? UHAUHAHAUHA juro que parei. Sendo que ele descobriu depois porque a minha senha do msn fica gravada aqui no note então ele conseguiu falar com a julia e saber que eu já estava voltando sã e salva da Pratinha. Falou, falou, falou, mas já tá tudo ótimo. Fomos fazer algumas compras pra viagem (sim eu vou viajar amanhã pro Marajó com metade da minah família e amigos e vai ser mara) e agora tá tudo bem. Ele tá mandando eu desligar porque amanhã a gente vai acordar umas 4 horas da manhã pra fazer uns sanduíches pra levar na Balsa e tudo mais. Enfim, vim dizer que estou muito bem e o dia foi ótimo hoje. Pensei num texto muito bacana pra escrever aqui, quando eu tiver mais tempo eu venho aqui, quem sabe dia 11! UAHAUHAUAHHUAHUAAUHAUAHAU adoro férias
beijos galera
beijos galera
"Aqueles que não fazem nada estão sempre dispostos a criticar os que fazem algo."
"Se você não se atrasar demais, posso te esperar por toda a minha vida."
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
você já iluminou alguém hoje?

Hoje eu comecei a acreditar que eu posso ser feliz como bem quiser. Surdos, cegos, paralíticos são felizes (não que isso seja um problema, mas eles tem uma barreira em suas vidas; e eu que não tenho, qual o porquê de estar triste?) Aparência física não é tão importante, mesmo que pareça. E algo dentro de nós? até quando podemos suportar a dor? até quando vamos acreditar que isso que importa? Mas importa mesmo...
Tudo o que é bom realmente importa. "tô aí". Tudo o que é ruim, físico ou vindo de dentro de nós, não importa mesmo! E aí vai uma grande dica, pelo menos vem funcionando pra mim. Esqueça as coisas ruins que existem dentro de você, as marcas de quem se foi e deixou marcas profundas e doloridas aí dentro, que ninguém nunca entende, nunca enxerga, nunca sente. Aquelas marcas que te fazem liberar gotas de seus olhos quando a dor não é mais suficiente pra expressar tudo o que se sente. Mas quem disse que se precisa expressar? Guarde esse sentimento no fundo da memória, tem tanto sentimento bom pra ser vivido, tanta coisa boa pra ser motivo pra sorrir... A vida é bela, respire esse ar que você tem à disposição, corra, sorria, chore por não ter mais como expressar felicidade, grite, cante, pule, dance, jogue futebol, abrace, beije, ame, viva! Mais vale ser feliz pelo que se tem, do que chorar pelo que se perdeu.
"faça o que eu digo mas não faça o que eu faço."
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