

Desculpa não ter vindo aqui esses últimos tempos, mas é que eu quase não parava em casa por causa de um bendito ou maldito festival de física/química e biologia de lá do colégio. A ironia da sequência das coisas que acontecem é incrivelmente surpreendente. Até a ordem do nome da porcaria demonstra uma ordem talvez já certeira da posição final. "Eles querem promover a paz, mas se eles que fazem a guerra dentro do próprio colégio" e é a mais pura verdade. Eles despertam em nós um espírito mais que esportivo; espírito de vingança, de revanche, de rancor, um espírito sem escrúpulos, o lado que eu desconhecia de muita gente. Palmas para os fortes que conseguirão sair dessa com suas amizades de pé.
Não lidamos com pessoas, não batemos de frente com um aluno, e sim com uma turma inteira, grupos na média de 50 pessoas, robotizadas de uma maneira meio zumbi à procura de um único rumo: a vitória. Mas no meio de toda essa parafernália do mês de abril há de se encontrar algo positivo, a harmonia interna. Numa sala cheia de "retardados" como eu denominei no começo do ano, descobri pessoas maravilhosas que podem sempre dar as mãos na situação do aperto, da vitória ou da derrota, sabem reconhecer que não importa o resultado, e sim o caminho percorrido para chegar nele. E saber reconhecer que mesmo nesse ambiente de tanta discórdia, entre olhares maldosos, que enxergam coisas que nem existem; e o que deviam enxergar, mesmo invisível, não enxergam. Independente do resultado de amanhã, tô com a consciência leve por saber que sou um desses fortes que sobreviveram ao terror pré/durante/pós festival, mantendo minhas amizades de pé e conquistando novas pessoas, uma turma inteira, um 2º A de cara nova, com saudade daquele antigo, mas feliz por ter continuado nesse, por ter sido paciente comigo mesma por ter esperado o tempo necessário para ver que não havia nada do que me arrepender. E cada vez mais ficam os laços verdadeiros..

